Jornal Correio Braziliense

Cidades

Maria Cristina Costa, 54

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Ela era a alegria em pessoa. Gostava de festas, de dançar, de reunir os amigos e familiares na casa no Park Way, de brincar com as cachorrinhas, Ivete e Margaret, e, principalmente, de estar junto do marido, João Valentim Wayl da Costa, com quem estava casada havia 32 anos, e dos filhos, Cristiano e Bruno.

Maria Cristina Ferreira de Oliveira Costa, 54 anos, era prima de Juscelino Kubitschek e cresceu ouvindo histórias sobre o fundador de Brasília. Eram contadas pelo pai, o pioneiro Ildeu de Oliveira, que morreu em maio de 2013, como a do cheque que JK deu a ele, em devolução de um empréstimo, nunca descontado no banco e eternizado num quadro.

Advogada e servidora do Ministério da Educação, Cris, como era carinhosamente chamada, adotou como sua a segunda família do pai. Dona Neuza de Oliveira era como uma mãe, e os filhos dela, Marco Antônio, Júlio César, Flávia e Otávio Augusto Jardim, eram os irmãos que, de sangue, ela nunca teve. ;Minha filha, minha filha;, repetia Dona Neuza, abatida com a morte.
Nos últimos anos, ela se dedicou muito a cuidar dos familiares nos momentos de dificuldades. ;Estava sempre disposta a ajudar;, conta a sobrinha a quem tratava também como irmã, Ana Carolina Jardim.

Saudável, Cris gostava de viagens e planejava com meses de antecedência as temporadas em Nova Viçosa (BA), onde tinha casa. Tinha uma boa alimentação, era espiritualizada, rezava muito e gostava de ler o Evangelho para os filhos. Praticava atividade física quase todos os dias, mas foi justamente numa academia que passou mal. Teve um AVC e foi levada ao Hospital de Base, onde recebeu o primeiro atendimento. Um segundo ataque a deixou inconsciente, como permaneceu nos últimos três meses, até morrer na manhã de quarta-feira.

O velório será hoje, das 10h às 15h, na capela 1 do Cemitério Campo da Esperança. O sepultamento está previsto para as 15h.