Cidades

DF terá novo complexo até 2022

Correio Braziliense
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postado em 14/12/2019 04:43
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Uma parceria entre escritórios de arquitetura brasilienses venceu o concurso para a construção do Complexo Esportivo e de Lazer de Brasília, que será erguido entre o Estádio Nacional Mané Garrincha, o Parque Aquático Cláudio Coutinho e o Ginásio de Esportes Nilson Nelson. O anúncio foi feito na tarde de ontem em cerimônia no Estádio Nacional.

O projeto arquitetônico dos escritórios ARQBR Arquitetura e Urbanismo e MGSR Arquitetos venceu concorrentes brasileiros, europeus e norte-americanos e foi escolhido, entre três últimos finalistas, pelos organizadores do concurso, a empresa Arena BSB e o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-DF). A equipe foi premiada com R$ 5,2 milhões e terá direito de realizar a obra no centro de Brasília.

O complexo contará com aquário, cinema, área de lazer para cães, pistas para caminhada e corrida, quadras de esporte, campos de futebol, lojas, bares e restaurantes. A área total do projeto é de 806 mil metros, sendo 90 mil de área útil e 40 mil de subsolo.

Segundo Richard Dubois, diretor-presidente da Arena BSB, o investimento inicial será de R$ 300 milhões. Esse primeiro aporte será feito pela própria Arena BSB. De acordo com Dubois, no entanto, outros R$ 300 milhões serão investidos por parceiros. ;Estamos falando em injetar, nos próximos dois, três anos, R$ 600 milhões de investimentos no Governo do Distrito Federal, criando 4 mil empregos;, afirmou.

O júri do concurso fez algumas observações em relação ao projeto original. Entre elas estão a mudança de um estacionamento que foi proposto próximo ao Eixo Monumental e a realocação de uma parte dedicada ao comércio e ao parque para pets. De acordo com Richard Dubois, o júri ;considerou que há melhores opções; para essas locações.
O contrato para a construção do Complexo Esportivo e de Lazer de Brasília deve ser assinado na próxima sexta-feira. Já a aquisição das licenças de obra no GDF estão previstas para março e abril de 2020. As construções começam no segundo semestre do ano que vem e devem ser concluídas em 2022.

Tombamento

Para desbancar os concorrentes, o projeto vencedor teve de respeitar aspectos como tombamento e escalas previstas pelo arquiteto e urbanista Lúcio Costa para Brasília, além de propor uma requalificação paisagística. Os responsáveis pela obra também terão de solucionar problemas de drenagem na área e construir edificações com eficiência energética.

Segundo Thiago de Andrade, coordenador do concurso pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-DF), o diferencial do projeto vencedor foi ;conseguir, em uma forma compacta, em um edifício conjunto, constituir um sistema com toda a parte de paisagismo que recupera o cerrado, inserindo novas espécies e vegetação que não são tão comuns dentro da cidade, mas que são comuns no cerrado, além de toda uma proposta de drenagem para resolver os problemas das águas pluviais dessa região da cidade;.

Arquiteto da equipe vencedora, Éder Alencar, da ARQBR Arquitetura e Urbanismo, comemorou o resultado. ;É uma parceria entre pessoas que conhecem a cidade. Que experimentam essa vivência cotidianamente. Esse concurso foi uma oportunidade muito boa pra discutir as questões que envolvem a cidade, o patrimônio, a paisagem de Brasília;, pontuou.

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