postado em 20/12/2019 04:07
Um grupo especializado em roubo de carros foi preso ontem pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A ação faz parte da operação Hércules, realizada pela Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri). Ao todo, foram emitidos 19 mandados de prisão, sendo 11 preventivas e oito temporárias. Até o fechamento desta edição, 15 haviam sido cumpridos, e quatro acusados permaneciam foragidos.
Os suspeitos agiam em Taguatinga e tinham como alvo principal carros de luxo, como caminhonetes modelo Hilux. O grupo, integrado por moradores do Gama e de Santa Maria, é acusado de roubar, pelo menos, 17 carros só em Taguatinga. ;As investigações começaram após o conhecimento de uma série de caminhonetes roubadas na cidade que estavam sendo encontradas na região administrativa do Gama;, afirmou o delegado Bruno Ehndo, diretor da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos da Corpatri. As apurações tiveram início em outubro deste ano, em parceria com a 21; Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul).
Os roubos ocorriam, geralmente, durante a madrugada perto de bares e boates no Pistão Sul. Para cometer os crimes, o grupo usava carros menores de apoio, que, segundo a Polícia Civil, também eram roubados. As abordagens eram feitas de forma violenta e com o uso de arma de fogo. ;Teve relatos nos quais as vítimas foram jogadas no chão, agredidas e atingidas na cabeça com o cano da arma;, ressalta Ehndo. O delegado afirmou ainda que, entre as ações, houve duas tentativas de latrocínio durante um roubo de um VW/Jetta, em um posto de gasolina, às margens do Pistão Sul, e de um VW/Polo, na CSG de Taguatinga.
As cenas de alguns assaltos foram registradas por câmeras de segurança. As imagens, gravadas entre as 5h e as 8h, mostram a forma como os bandidos agiam: ao estacionar, as vítimas eram surpreendidas por um carro em alta velocidade do qual desciam dois assaltantes e com o uso de arma de fogo puxavam o motorista para fora do veículo.
Os integrantes do grupo têm diversas passagens pela polícia e, para os investigadores, são ;elementos de alta periculosidade;. Se condenados, eles responderão pelos crimes de associação criminosa armada e roubo majorado. As penas somadas vão de quatro a 20 anos de reclusão.