O Complexo Penitenciário da Papuda amanheceu repleto de veículos e barricadas militares na manhã deste sábado (21/12), em São Sebastião. Por volta das 11h30, soldados faziam o controle dos caminhões que entravam e saíam do complexo. A movimentação das forças de segurança começaram após suspeitas sobre a existência de um plano para resgatar o traficante Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola.
Cerca de 10 militares do Exército Brasileiro faziam a proteção na intersecção das duas entradas/saídas da cadeia. Um dos soldados, que não quis se identificar, informou que as tropas construíram buracos ao redor do local na noite de sexta-feira (19/12). Um caminhão carregando uma escavadeira foi encontrado na porta de uma das saídas do complexo.
O militar não deu mais detalhes e afirmou que não tinha autorização para comentar sobre o restante das operações. A equipe de reportagem foi abordada e impedida de capturar mais imagens das construções que estavam sendo feitas.
Em nota, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, informou que integrantes do Setor de Engenharia do Exército Brasileiro estavam na área externa da prisão para realizar obras de "fortificação das estruturas" do local.
"Tropas do Comando Militar do Planalto estão na Penitenciária Federal em Brasília realizando trabalhos técnicos de Engenharia apoiados por tropas de segurança", detalhou o texto.
Condenação
Marcola chegou na capital federal em 22 de março. Condenado a 232 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, homicídio e tráfico de drogas, Marcos Willians estava em Porto Velho (RO). O plano de fuga teria sido planejado por integrantes da facção paulista liderada por ele, o Primeiro Comando da Capital (PCC)
Em fevereiro, Marcola havia deixado o Presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau (SP) após suspeitas de um plano de fuga. A transferência fez parte de uma operação da Polícia Federal para remoção de 22 integrantes que estavam em Presidente Venceslau e migraram para outros presídios de segurança máxima.
* Estagiário sob supervisão de Adriana Bernardes