postado em 28/12/2019 04:06
Representantes dos servidores da segurança pública local se decepcionaram com o recuo do presidente da República, Jair Bolsonaro. O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) e do Sindicato dos Delegados de Polícia (Sindepo) do Distrito Federal marcaram assembleia para segunda-feira. Rodrigo Franco, presidente do Sinpol, afirma que o desapontamento é maior, porque, para o reajuste da Polícia Civil, ao contrário de bombeiros e militares, havia dotação orçamentária na Lei Orçamentária Anual (LOA) e na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). ;A nossa categoria apostou no diálogo, e acreditamos que haveria a mudança no panorama. Inclusive, nós fomos atrás dessa recomposição. Mas, como houve a decisão de o reajuste ser conjunto, acabamos prejudicados;, argumentou. ;As cartas estão na mesa e nenhuma possibilidade está descartada, seja a paralisação, seja até mesmo uma greve;, acrescentou.
Na avaliação do coronel reformado da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e coordenador do Fórum das Associações Representativas dos Policiais e Bombeiros Militares do Distrito Federal, Mauro Manoel Brambilla, o retrocesso na negociação torna todo o processo cansativo. ;O assunto da recomposição remuneratória vem sendo tratado desde 2018 e é promessa de campanha do atual governo. Não justifica a falta de previsão legal e orçamentária;, analisou Brambilla.
Luta
Apesar do cenário, o presidente da Associação dos Oficiais da PMDF (Asof), tenente-coronel Eduardo Naime, não vê a recomposição salarial por meio de projeto de lei como um problema. ;Há uma quebra de expectativa, pois contávamos com o aumento, não tem como negar, mas manteremos a confiança na palavra do presidente, pois acreditamos ser um entrave fiscal. Vamos aguardar a chegada de fevereiro e as ações de Bolsonaro, pois ele se mostra muito favorável à luta pelos militares;, destacou.