Cidades

O ano nas obras e na infraestrutura

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 29/12/2019 04:15
A partir de 1º de janeiro, o GDF deu início ao SOS DF: mais de 44 mil obras de recuperação estrutural

Brasília investe em reforma e manutenção

O Distrito Federal virou um canteiro de obras em 2019. Construção de calçadas, pavimentação, intervenções nas tesourinhas do Plano Piloto, conclusão da obra do viaduto do Eixão, revitalização da W3 Sul e reforma da Rodoviária do Plano Piloto foram algumas das medidas tomadas pelo governo de Ibaneis Rocha na infraestrutura de Brasília e das regiões administrativas.

Uma das apostas para o início da nova gestão foi o programa emergencial SOS DF, a partir de 1; de janeiro. O projeto realizou 44.185 obras de recuperação em regiões administrativas e na zona central nos primeiros 90 dias de governo. Entre os serviços estavam tapa-buracos, podas de árvores, mudança de lâmpadas, jardinagem, recuperação de sinalização, limpeza de bocas de lobo, entre outros. Na iluminação pública, houve investimento de R$ 18,6 milhões para trocar 11.716 luminárias convencionais pelas de LED.

No mesmo período, o governo deu continuidade às obras de infraestrutura de Vicente Pires, iniciadas na gestão passada. De acordo com o GDF, das 11 intervenções na localidade, 70% foram concluídas. As ruas 3, 8 e 12, porém, continuam em fase de andamento. A meta para o ano seguinte será a pavimentação dessas vias e a conclusão dos trabalhos na região. Outro desafio para 2020 é o Sol Nascente/Pôr do Sol, que virou região administrativa em agosto. De janeiro a dezembro de 2019, foram realizadas 67% de obras de drenagem e 12% de pavimentação, mas a cidade segue carente de infraestrutura local.

Além disso, o governador tirou do papel umas das promessas de campanha. Em abril, iniciou-se a revitalização da W3 Sul. As primeiras alterações ocorreram na 511 e na 512 Sul. Com gasto de R$ 1,8 milhão, a região passou por reformas nos estacionamentos, troca de piso das calçadas, arborização, entre outros serviços. O próximo passo será na 509 e na 510 Sul. O mesmo será feito nos setores de Rádio e TV e Comercial, a partir de 2020.

Benfeitorias
Em junho, duas obras pendentes na gestão anterior foram retomadas por Ibaneis: o alargamento do viaduto da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e a entrega do viaduto do Eixão Sul depois de mais de um ano interditado por causa do desabamento de parte da estrutura. Com o objetivo de evitar outra queda de estruturas de ligação, o governo iniciou, em fevereiro, projeto que fiscaliza todas as pontes e os viadutos do DF, em parceria com estudantes de engenharia civil da Universidade de Brasília (UnB). Em 2019, foram analisados 64 viadutos. A meta é averiguar todas as 700 obras de ligações da capital em 2020.

Em julho, iniciaram-se as obras de reestruturação da parte superior da Rodoviária de Brasília, após identificação de risco de desabamento. No mesmo mês, duas pontes paralelas à Ponte do Bragueto, acesso ao Lago Norte e previstas nas obras do Trevo de Triagem Norte, foram liberadas ; à época 94% das obras haviam sido concluídas. As benfeitorias custaram cerca de R$ 91,9 milhões. Em dezembro, as passagens sob o Eixão e os eixinhos começaram a seguir uma escala para reforma. As intervenções devem durar um ano, ao custo de R$ 7.337.880.



R$ 1,8 milhão
Custo do início da revitalização da W3 Sul



1; de janeiro ; GDF inicia as obras em Vicente Pires e do projeto SOS DF



10 de abril ; A W3 Sul ganha projeto de revitalização, com começo da reforma

4 de junho
; Dezesseis meses após o desabamento, o viaduto da Galeria dos Estados é reaberto

10 de julho
; Depois de apresentar risco de desabamento, o Executivo interdita parte da Rodoviária do Plano Piloto para reparos

3 de dezembro ; Obras de revitalização nas tesourinhas do Plano Piloto são iniciadas






O ano na educação

Gestão compartilhada chega às escolas da capital



Os principais acontecimentos que marcaram o ano na área da educação do DF estiveram ligados à gestão compartilhada, ao projeto de implementação do novo ensino médio e à reformulação do regimento escolar. A Secretaria de Educação também iniciou a reforma de três centros de ensino, em Brazlândia, no Sol Nascente e em São Sebastião. Além disso, um colégio foi reconstruído na Vila Planalto. Quanto às creches, a pasta inaugurou duas em Samambaia.

Maior novidade na área de ensino do Distrito Federal em 2019 e do início da gestão de Ibaneis Rocha, a militarização das escolas públicas da capital começou a ser implementada no início do ano letivo de 2019 para mais de 6,9 mil alunos, em quatro escolas: Centro Educacional (CED) 1 da Estrutural, CED 3 de Sobradinho, CED 308 do Recanto das Emas e Centro Educacional (CED) 7 de Ceilândia.

Destinado a estudantes do ensino fundamental II e médio, o projeto que autoriza a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros a gerirem aspectos disciplinares e administrativos dos centros de educação foi implementado, até o fim do ano, para 16 mil estudantes de nove escolas do DF. O sistema está em processo de implementação em mais três colégios para 2020. O GDF pretende aplicar o modelo em 40 instituições até o fim do próximo ano.

Em maio, entrou em vigor na rede pública o projeto Educação para paz, que reformula o regimento escolar. Na prática, o comportamento dos alunos passa a ter influência no boletim escolar, ou seja, estudantes advertidos perdem pontos ; e elogiados ganham. Outra alteração autoriza diretor e vice-diretor a fazer revista individual dos pertences dos jovens matriculados e, quando necessário e houver indícios de irregularidades, pedir apoio policial.

Novo modelo
Em agosto, as discussões sobre o projeto de militarização das escolas tiveram desdobramento com a exoneração do então secretário da Educação, Rafael Parente. A demissão foi tomada após embate com o governador pelo GDF ignorar a votação dos colégios que disseram não ao modelo de gestão compartilhada com a PM. A troca de comando foi oficializada em 21 de agosto, com a nomeação de João Pedro Ferraz.

As discussões em torno da implementação do novo ensino médio no Distrito Federal continuaram ao longo do ano e quatro escolas da rede adotarão o modelo a partir de 2020. O currículo prevê que o regime de oferta seja semestral, ou seja, os três anos de ensino médio passarão a ser divididos em seis semestres letivos, além da unificação da carga horária. O Ministério da Educação também terá programa que amplia o ensino integral de alunos do ensino fundamental II, do 6; ao 9; ano. A estimativa é de que o lançamento oficial seja em 2021.



1; de fevereiro ; Início da gestão compartilhada em quatro escolas

14 de março ; Paralisação dos professores reivindica reajuste salarial de 37%



30 de maio ; GDF altera regimento das escolas públicas com normas mais rígidas à disciplina nas salas de aula

21 de agosto ; Rafael Parente é exonerado do cargo de secretário de Educação após polêmica envolvendo a militarização das escolas

27 de agosto ; Início de consulta pública para projeto que altera o currículo do ensino médio




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