Correio Braziliense
postado em 03/01/2020 11:54
Bullying teria motivado um dos primeiros homicídios do ano. Um estudante, de 28 anos, matou a facadas Jhonata de Melo Oliveira, 32, na manhã da última quarta-feira (1°/1), em frente a uma distribuidora de bebidas, no Guará 2. De acordo com a Polícia Civil, os dois se conheciam de vista e tinham amigos em comum, mas não mantinham uma boa relação. O suspeito foi preso nessa quinta-feira (2/1).
Douglas Fernandes de Moura, delegado-adjunto da 4ª Delegacia de Polícia (Guará), que investiga o caso, explica que os dois tiveram uma discussão logo nas primeiras horas de 1º de janeiro. O acusado estava com dois amigos - também conhecidos da vítima - na distribuidora, quando Jhonata chegou.
Embriagados, os dois começaram a discutir e a vítima deu um tapa na cara do acusado. Amigos separaram os dois. "Nesse momento o estudante saiu do local e disse que foi até um chaveiro, próximo dali, pegou uma faca e escondeu na calça. Ele voltou para encontrar Jhonata e os dois começaram a discutir novamente. Os amigos conseguiram separar mais uma vez", disse o delegado.
Quando o acusado saía do local, Jhonata teria partido para cima dele com um pedaço de madeira. "Ele não chegou a agredir com a madeira, largou o pedaço no chão e o chamou para a porrada. No momento, o estudante já veio com a faca e acertou a vítima duas vezes na barriga e uma nas costas", detalhou Douglas.
Assim que a vítima caiu no chão, o acusado fugiu. Para escapar do flagrante, ele foi para a casa de um familiar no Pedregal. No entanto, foi preso na quinta-feira (2/1), próximo à delegacia do Guará. Os investigadores acreditam que ele se apresentaria à polícia.
Durante depoimento, ele disse que não sabia que tinha matado Jhonata. "Ele disse que pensou que tinha só ferido o rapaz. Afirmou que não conseguiu dormir naquela noite e se disse arrependido", conta o delegado.
O estudante responderá por homicídio simples e pode cumprir pena de seis a 20 anos de prisão. Ainda na quinta-feira, ele foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Especializada (DPE), onde aguarda audiência de custódia.
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