postado em 08/01/2020 21:23
O presidente do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), Eurípedes de Macedo Júnior, é acusado de agredir fisicamente a filha de 19 anos. A jovem diz que a agressão aconteceu nesta quarta-feira (8/1), em Planaltina de Goiás, no Entorno. Ela registrou boletim de ocorrência na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) da região. Policiais seguem em busca de Macedo Júnior.
Em depoimento à polícia, a filha contou aos agentes que se encontrou com o pai depois de ele pedir, em um telefonema, que ela fosse até seu escritório. Chegando ao local, ainda segundo a adolescente, Macedo Júnior disse que precisava do carro dela e que pagaria R$ 15 mil pelo automóvel. A vítima, entretanto, não aceitou a proposta e, para evitar brigas, saiu do local.
De acordo com o que foi registrado na ocorrência, as agressões vieram em seguida. Segundo relato da jovem, Macedo Júnior foi atrás dela, retirou a chave do carro de suas mãos à força e, depois, a agrediu com tapas e pontapés. A jovem narra ainda que conseguiu entrar no veículo, mas o acuasado lhe tirou do carro e a jogou no chão. Em seguida, partiu com o veículo, jogando o celular e o carregador dela pela janela.
Aos investigadores, a vítima contou que já buscou ajuda de profissionais que lhe ajudaram a lidar com a violência psicológica que sofreu do pai em outras ocasiões.
Defesa
Em nota oficial, o Pros esclareceu que não houve situação de flagrante e, “tampouco Eurípedes encontra-se foragido.” No informativo, o partido afirma que, desde a separação dele com a mãe da vítima, a relação de pai e filha tem estado abalada. “Ainda assim, ela (Eurípedes) financiou um carro para a filha, que se comprometeu a ir pagando as prestações restantes. No entanto, em razão da filha não ter pagado nenhuma das parcelas, o pai a chamou para conversar e decidiu retomar o carro. Depois de perder o veículo, a jovem procurou a delegacia para registrar o fato em desfavor do próprio pai”, dizia o texto.
Outros casos
Em março e julho de 2017, Eurípedes Gomes de Macedo Júnior foi alvo de uma série de reportagens do Correio. Ele foi acusado de utilizar o dinheiro público para a compra de um helicóptero, mansões, um avião bimotor, e de contratar funcionários terceirizados por meio de empresas de parentes com dinheiro público.
Em 18 outubro do ano passado, o presidente do Pros foi alvo da
Operação Partialis, que visava a combater o desvio de recursos públicos na aquisição de gases medicinais em Brasília e no Pará. À época, foram expedidos quatro mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e nove de busca e apreensão, envolvendo políticos do partido. Contudo, Eurípedes Júnior foi considerado foragido pela Justiça. Cinco dias depois, ele se apresentou à Polícia Federal com os advogados.
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