Cidades

PCDF cumpre cinco mandados contra integrantes de facção criminosa

Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão nas cidades de Piraquara (PR) e Uberaba (MG)

Correio Braziliense
postado em 10/01/2020 20:42
Em uma cela da Penitenciária Estadual de Piraquara, agentes da PCDF e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) apreenderam um celular e bilhetes manuscritosA Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu mais dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão nesta sexta-feira (10/1), em continuidade à Operação Guardiã 61, deflagrada nesta terça-feira (7/1). Os mandados foram expedidos nas cidades de Piraquara (PR) e Uberaba (MG) em desfavor de mais dois integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) que age em todo o país, inclusive no DF.  
 
As buscas foram feitas nos presídios das respectivas cidades. Em uma cela da Penitenciária Estadual de Piraquara, agentes da PCDF e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) apreenderam um celular e bilhetes manuscritos. A ação, coordenada pela Divisão de Repressão a Facções Criminosas (Difac), visa desarticular uma célula da facção criminosa, que conta com a participação de advogados e criminosos de dentro e fora das cadeias.
 
Nesta terça-feira (7/1), a polícia expediu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra suspeitos de integrar a célula, composta por pelo menos 30 integrantes. Os investigados estão sujeitos a penas de três a oito anos de prisão. A ação é apoiada pelo Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional do MPDFT (Nupri) e pela Subsecretaria do Sistema Penitenciário do DF (Sesipe/SSP). 
 
A investigação começou em fevereiro de 2019 após a Sesipe/SSP detectar, pelo serviço de inteligência, uma ameaça de integrantes do PCC presos na Papuda a uma juíza da Vara de Execuções Penais (VEP). O Correio apurou que, além da magistrada, entre os alvos monitorados pela facção, estava o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres. Além do chefe da pasta, delegados tiveram informações pessoais difundidas entre criminosos.
 

Investigação

Durante um ano foram identificados integrantes distribuídos estrategicamente em setores de atuação, com o auxílio de advogados, presidiários e criminosos egressos do sistema prisional. Eles são acusados de  tráfico de drogas e armas, roubos e ameaças a autoridades. A estrutura da organização também era formada por presidiários de outras três unidades da Federação. 
 
Segundo a Polícia Civil, com a transferência da cúpula da facção para o Presídio Federal do DF, em março de 2019, a investigação teve o foco apontado para eventual movimentação da facção no sentido de fortalecimento de sua base no 
 

Combate à instalação de facções no DF

Em 2018, o Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional  (Nupri) e a Difac realizaram quatro operações contra facções criminosas que tentam se instalar no Distrito Federal. Recentemente, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) integrou uma ação nacional contra integrantes do PCC, do Comando Vermelho (CV), do Terceiro Comando Puro (TCP), da Amigo dos Amigos (ADA); do Primeiro Comando de Vitória (PCV) e da paraibana Okaida RB, uma dissidência da Okaida.
 
Com o mesmo objetivo, já foram realizadas as operações Tabuleiro, em 2014; Palestina (51 denunciados), em 2015; e Legião (54 denunciados), em 2016. Em 2018, também foram realizadas as operações Prólogo (23 denunciados), Hydra (60 denunciados) e Fora do Ar, que cumpriu 16 mandados de prisão e de busca e apreensão.

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