Correio Braziliense
postado em 20/01/2020 04:15
Com o crescimento de Águas Claras, outro problema enfrentado pelos moradores é a falta de estacionamentos. Geralmente, quem vive em prédios tem direito a uma vaga de garagem e deixa os outros veículos estacionados do lado de fora dos edifícios, ocupando vagas que poderiam ser usadas por pessoas que estão de passagens ou por consumidores. “O fluxo de carros na região é constante. Próximo à entrada do Park Way e do balão em frente ao Supermercado Big são onde pego mais trânsito” reclama o empresário Vitor César Soares, 33 anos.
O morador de Taguatinga Norte afirma que os horários mais movimentados são pela manhã, das 6h ao meio-dia, e no fim da tarde, a partir das 17h. “Cheguei a ficar quase uma hora parado no trânsito”, relembra. A maior dificuldade, porém, está na busca por estacionamentos. “Quando tenho de esperar clientes não há um local específico de parada. O estacionamento público é sempre cheio. Já os particulares são caros. A média de uma hora custa de R$ 10 a R$ 15”, calcula.
Integração
O passageiro Elson Pereira, 37, também percebe dificuldades para se locomover em Águas Claras, mesmo no transporte coletivo. Para sair de São Sebastião até o local do trabalho, próximo à Avenida das Castanheiras, o cozinheiro tem de pegar um ônibus e o metrô. “Durante o mês das férias, é mais tranquilo, mas, a partir de fevereiro, a situação complica, devido às superlotações, aos poucos ônibus e aos engarrafamentos”, aponta.
Em nota oficial, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) ressalta que 23 linhas de ônibus circulam na cidade. Acrescenta que os moradores também podem contar com o metrô, que aceita bilhete único e faz integrações para outras localidades do DF.
Para saber mais
Pressão sobre plano original
No início dos anos 1990, investidores do ramo habitacional voltaram os olhos para Águas Claras. Cooperativas ocupavam os terrenos vendidos pelo governo local e servidores de vários segmentos passaram a construir pequenos edifícios, que saíram a bons preços para os compradores. Entretanto, no fim daquela década, grandes construtoras pressionaram o Governo do Distrito Federal (GDF) para explorar os terrenos. A partir disso, o plano original da cidade foi alterado, permitindo a construção de prédios com até 32 andares.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.