Correio Braziliense
postado em 21/01/2020 12:16
Usuários do aplicativo de transporte Uber em Brasília passam a contar com uma nova ferramenta de segurança. Nesta terça-feira (21/1), a empresa lançou o U-Ajuda, um recurso que permite que o aplicativo detecte paradas inesperadas e, imediatamente, entre em contato com o passageiro para checar se está tudo bem.
A ferramenta envia mensagens tanto para o passageiro, quanto para o motorista. A partir daí, é possível informar se a alteração foi proposital, ou acionar a polícia. Também é possível compartilhar a viagem com algum amigo ou familiar, e ainda iniciar uma conversa com a central de atendimento da Uber, para casos não urgentes.
A novidade faz parte de uma série de medidas de segurança que a empresa começou a implementar em novembro de 2019. No Brasil, há cerca de 600 mil motoristas cadastrados. No Distrito Federal, são 15 mil, isto é, 2,5% da frota.
Esses trabalhadores, que muitas vezes têm no aplicativo a única fonte de renda, enfrentam situações complicadas. Em outubro de 2019, dois motoristas foram mortos em corridas. Henrique Fabiano Dias, 25 anos, foi assassinado por três adolescentes que queriam roubar o carro dele. O corpo da vítima foi deixado em uma área próxima ao Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA). Na mesma semana, Tiago Cavalcante, 28 anos, morreu com um tiro no rosto, em Samambaia, também durante assalto.
Em 2020, a Polícia Civil investiga a morte de mais um motorista: Aldenys da Silva, 29 anos, desaparecido desde 3 de janeiro, foi encontrado morto às margens da BR-070. A suspeita é de que ele tenha sido vítima de latrocínio enquanto trabalhava.
Outros recursos
Ainda entre as novas ferramentas de segurança está a captação de áudio, que estará disponível no Brasil e México neste ano. Pelo recurso, caso usuário ou motorista considerem que o diálogo dentro do veículo é perigoso ou ofensivo de alguma maneira, pode iniciar uma gravação pelo próprio aplicativo e, ao final da corrida, enviá-la à empresa, que irá avaliar a situação é tomar as medidas necessárias. Sachin Kansal, diretor global de produtos de segurança, garante que a Uber não tem acesso ao arquivo encriptado a menos que ele seja enviado.
Outra novidade é a verificação de PIN, isto é, de senha. Ao pedir uma corrida, o usuário recebe um código de quatro números, que deve fornecer ao motorista, ao encontrá-lo. O condutor então digita o PIN e, caso o aplicativo rejeite, isso quer dizer que aquele não é o passageiro correto. Entrará em fase de testes uma nova versão em que o código será verificado remotamente, por tecnologia de ondas sonoras.
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