Correio Braziliense
postado em 26/01/2020 04:06
Quase R$ 300 milhões em multas
Levantamento do gabinete do deputado Chico Vigilante (PT) aponta que o GDF arrecadou R$ 271 milhões com multas de trânsito em 2019. A grande novidade é que, ao contrário da série histórica, a receita com infrações de motoristas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) superou à do Departamento de Trânsito (Detran-DF). Enquanto o DER-DF recolheu R$ 147 milhões
em multas, o Detran-DF obteve R$ 124 milhões.
Só papos
Vigilância na quadra 300
A quadra 300 do Sudoeste está sendo totalmente monitorada por câmeras instaladas pela Secretaria de Segurança Pública do DF. É a primeira a receber essa vigilância. O procurador Demóstenes Tres apresentou uma representação no Tribunal de Contas do DF questionando a preferência. O caso deve ser julgado nesta terça-feira.
Cristovam defende Praça Marielle
O ex-senador Cristovam Buarque (Cidadania-DF) saiu em defesa do projeto do deputado distrital Fábio Félix (PSol) que homenageia a vereadora assassinada no Rio, Marielle Franco. Pelo Twitter, Cristovam revidou: “Decisão absurda e injustificável do governador. Quem faz pelo Brasil ou pela humanidade faz pelo DF. Paris tem praça Marielle, mas no DF o governador veta lei aprovada com esta homenagem. Senti indignação e vergonha”. Mas nas redes sociais, a posição de Ibaneis tem rendido elogios.
CPI vai bater na casa das vítimas
Os membros da CPI do Feminicídio da Câmara Legislativa vão começar a visitar as famílias das vítimas desse tipo de crime. Só nos primeiros dias deste ano, o DF contabiliza cinco prováveis casos de feminicídio, entre eles, o de uma mulher trans.
Sugestão
Padrinho do novo secretário do Trabalho, o deputado Robério Negreiros (PSD) sugeriu ao afilhado, Thales Mendes Ferreira, que utilize os postos comunitários da PM abandonados para ministrar cursos profissionalizantes a pessoas carentes.
Enquanto isso... Na sala de Justiça
Não é fácil a vida do ex-governador Agnelo Queiroz (PT). Depois de transitar em julgado uma ação de improbidade em que foi condenado por liberar a ocupação do Centrad, na semana passada, a Justiça bloqueou os bens do petista por causa da suspeita de corrupção e prejuízo na construção do Mané Garrincha.
Mandou bem
Filho de um entregador de pizza e de uma diarista, jovem de 17 anos, morador do Sol Nascente, cidade mais pobre do DF, passa em segundo lugar para medicina na UnB pelo sistema de cotas para escolas públicas.
Mandou mal
A segurança pública nacional virou peça em um jogo eleitoral. O Ministério da Justiça e Segurança Pública é cobiçado por políticos que querem visibilidade ou para tirar poder de Sérgio Moro, potencial candidato em 2022.
A pergunta que não quer calar….
Quem pagou os hackers de Araraquara para que invadissem o telefone do chefe da força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba, Deltan Dallagnol?
Só papos
“Primeiro foi o Coaf, que tava funcionando bem, que foi retirado da pasta de Moro. Agora querem partir o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, que está funcionando bem, em dois. Nem antes, nem agora, foram apresentadas as razões para as mudanças. Talvez porque
não existam”.
Procurador Roberto Pozzobom,
integrante da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba
integrante da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba
“Bolsonaro errou ao extinguir o Ministério da Segurança Pública. Agora, por vaidade, quer recriá-lo. Moro seria esvaziado e ameaça deixar o governo. Alguém sairá bem menor do episódio”.
Ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo,
Fernando Haddad (PT)
À QUEIMA-ROUPA
À QUEIMA-ROUPA
Ex-deputado
Alberto Fraga (DEM-DF)
Derrotado nas eleições ao Palácio do Buriti em 2018, o ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF) teve uma vitória com a eleição do amigo Jair Bolsonaro à Presidência da República. Mas condenações criminais o impediram de assumir cargos na Esplanada dos Ministérios. Nos últimos dias, no entanto, começaram especulações de que Fraga poderia assumir a área de segurança, numa cisão do ministério comandado pelo ex-juiz Sérgio Moro. O tema bombou ao longo da semana, mas a popularidade de Moro atrapalha esses planos.
O presidente Jair Bolsonaro vai mesmo recriar o Ministério da Segurança?
Por enquanto, não. O Moro é o queridinho de vocês (da imprensa). Mas, se o colégio de secretários de segurança, o da Polícia Militar, da Polícia Civil e os peritos criminais querem a criação do ministério, é porque falta interlocução.
O senhor trabalha por isso?
Sempre defendi isso. Não é de hoje. Pedi, ainda na época do Temer, quando estava no Congresso e era líder da bancada da segurança. Não tenho nada contra o Moro, mas defendo uma pasta de segurança isolada.
Moro não vai bem no Ministério?
Não serei grosseiro a esse ponto. Reconheço o valor dele como grande jurista. Agora, dizer que ele entende de segurança também é demais.
E a redução dos índices de criminalidade?
Vamos dar o mérito para as polícias estaduais. Qual foi a medida que o ministério adotou que favoreceu a segurança? Ele isolou os líderes de facções nos presídios... Mas, quando fui presidente da CPI do Sistema Penitenciário, já defendia isso. Moro só liberou recursos para a segurança pública porque o Toffoli disse que não se pode contingenciar verba para a segurança.
Mas Moro tem popularidade...
Herói nacional? Herói nacional pra mim foi o Tiradentes. Joaquim Barbosa (ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal) também tinha (popularidade).
Acha que Bolsonaro ainda pode rever isso e criar o Ministério da Segurança?
Depois dessa histeria da imprensa, o movimento vai crescer. O presidente vai esperar. Acabei de falar com ele e ele disse que, na volta (da viagem à Índia), vamos falar sobre o assunto. Ele é o presidente e o Moro fica reclamando. Parece menino buchudo. O presidente não vai ficar com medo.
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