O principal suspeito de assassinar o motorista de transporte por aplicativo Aldenys da Silva, 29 anos, foi preso na manhã de ontem. O acusado, Natanael Pereira Barros, 19 anos, foi reconhecido enquanto andava no centro de Taguatinga e levado para a 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro). O caso, no entanto, é investigado pela 19ª DP (Ceilândia — P Norte).
Aldenys foi morto em 3 de janeiro e seu corpo encontrado às margens da BR-070, em Brazlândia, sentido Águas Lindas, enrolado em um plástico. O carro e o celular foram roubados. Natanael virou o principal suspeito após ser visto dirigindo o carro da vítima. O acusado nega ter cometido qualquer crime e alega ter usado emprestado o carro de Aldenys para fazer uma mudança. Disse ainda não saber que estava foragido da polícia.
Na tarde de ontem, outro motorista de transporte por aplicativo acusou Natanael de ter roubado seu celular após uma corrida. O motorista foi à 12ª DP na tarde de ontem e fez o reconhecimento do acusado.
Para o delegado da 19ª DP, Sérgio Bautzer, as explicações de Natanael não foram suficientes para inocentá-lo. “O suspeito apresentou uma versão dos fatos não concatenada. Amanhã (hoje), retomaremos a inquirição. Vou pedir a conversão da pena temporária em preventiva e começar uma nova fase de investigação, agora para descobrir se houve coautoria do latrocínio”, afirmou. Ainda segundo o delegado, Natanael chegou a dizer que, se cometeu algum crime, teria sido o de receptação.
A polícia acredita que Aldenys conhecia Natanael desde novembro, após o suspeito ter solicitado uma corrida por um aplicativo à vítima. Depois disso, os dois teriam negociado um celular, comprado por Aldenys.
No dia em que desapareceu, em 3 de janeiro, Aldenys saiu de casa para negociar um lote na QNN 40, em Taguatinga Norte. A suspeita é de que ele compraria o terreno de Natanael. Após o latrocínio, o acusado teria ido até um posto de gasolina para vender o celular da vítima.
A polícia descarta a possibiliade de Aldenys ter sido morto enquanto atendia uma corrida pelo aplicativo. A empresa pela qual o motorista prestava serviços enviou relatórios de viagens feitas no dia do desaparecimento à delegacia, mas não houve solicitação de corrida para Natanael. Além disso, no dia em que desapareceu, a vítima tinha um compromisso importante. Aldenys ficou de passar na casa de uma amiga para levá-la ao sepultamento de um colega. Ele não chegou até a casa dela.
* Estagiário sob supervisão de Fernando Jordão
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