Cidades

Três décadas de atendimento

Correio Braziliense
postado em 01/02/2020 04:14
Os primeiros passos das crianças são sempre motivos de emoção para os pais. Mas poucas caminhadas foram tão comemoradas quanto às de Patrícia Alencar, hoje com 35 anos, após uma cirurgia no Hospital Sarah Kubitschek. Diagnosticada com paralisia cerebral aos 6 meses de idade, ela e a família chegaram a achar que não seria possível a menina ter controle das pernas.

Até os 6 anos, Patrícia só engatinhava. A condição exigia tratamentos complexos e cirurgias que não eram garantia de que ela pudesse andar. “Mas encontrei tudo no Sarah. Desde o começo, sempre me atenderam bem, com amor e carinho em cada palavra e gesto. Isso fez a diferença. Fui recepcionada por médicos excelentes que me acompanharam e mudaram minha vida. Quando comecei a andar por conta de uma cirurgia que fiz lá, vivi um momento que nunca vou esquecer”, detalha.

Patrícia lembrou de todas as barreiras enfrentadas pela dificuldade de locomoção, quando viu o resultado do procedimento médico. “A minha coordenação motora das pernas era muito prejudicada, elas ficavam ‘tortinhas’, porque o tendão não era reto. E a cirurgia era como se eu estivesse arriscando no escuro, porque podia não dar o resultado esperado. Mas, quando consegui andar, foi muito emocionante. Meus pais choraram, eu também. Lembro-me de gritar ‘eu estou andando!’, bem alto”, recorda.
Ela credita o sucesso do procedimento a um conjunto de fatores que, para Patrícia, só o Sarah seria capaz de oferecer. “A estrutura é muito boa, os funcionários são ótimos e sempre tratam a gente com muita atenção. Quem dera todos os hospitais fossem assim. Acho que se eu tivesse me tratado em outro lugar, poderia nem estar mais aqui”, diz.

Amizades

Ao todo, são 32 anos como paciente da Rede Sarah, período em que Patrícia passou por cerca de 10 cirurgias. “Fiz amizades entre as pessoas que trabalhavam lá e entre quem também ficava internado, e vivi muitas fases da minha vida dentro desse hospital”, conta. Na infância, apesar do medo dos exames e das cirurgias, a unidade também foi acolhedora. Hoje em dia, ela convive com algumas dores pontuais e uma certa dificuldade para andar, mas percebe que o quadro nem se compara com aquele de três décadas atrás e afirma que está pronta para qualquer desafio.

“Olho para trás e lembro que nunca usei a deficiência como barreira. O próximo passo é conseguir voltar ao mercado de trabalho, estou entregando currículos para ser recepcionista de novo”, deseja. Patrícia só faz exames anuais na unidade de saúde, rotina bem diferente dos anos em que a visita era quase diária. “Este ano eu vou feliz para lá, os médicos me chamam até de filha. Foi uma luta, mas tive muito apoio. Então, quando olho para trás e vejo tudo o que passei, a sensação é de vitória”, comemora.

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