Cidades

Brasilienses sentem variação no valor da carne entre 2019 e 2020

Inflação sobre o alimento apresentou o maior índice para janeiro desde 2016. Ao mesmo tempo, houve desaceleração nos aumentos de preço, na comparação com o mês anterior

Correio Braziliense
postado em 02/02/2020 13:00
Mãos temperando carne sobre tábua; cadeira branca ao fundo Após os gastos típicos dos últimos dois meses, os brasileiros devem sentir um alívio no bolso, principalmente em relação à despesa com itens como a carne. Em novembro, o preço do alimento disparou e puxou a inflação para cima.

Os números desanimaram os consumidores do Distrito Federal ao longo de dezembro. Em Brasília, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrado apresentou variação de 1,62% no mês. A taxa representou a segunda maior variação do país, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Apesar disso, o cenário se mostrou mais positivo no início deste ano. No último levantamento do IBGE, o IPCA-15 — prévia da inflação oficial — mostrou tendência de desaceleração no preço da carne, que passou de uma taxa de 17,71%, em dezembro, para 4,83%, em janeiro.

Entre os brasilienses, as opiniões sobre o impacto dos preços no dia a dia se dividem. Régis Miranda, 44 anos, reuniu a família para um churrasco no Parque da Cidade, neste sábado (1º/2), e contou que sentiu a diferença. “Em dezembro, estava muito caro. O contra-filé estava R$ 35, o quilo. Agora, comprei por R$ 29,90”, contou o agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF). 
 
Régis Miranda aproveitou o fim de semana para fazer um churrasco com a família, no Parque da Cidade 
 
Régis diz que precisou buscar alternativas no último mês. “Com aquele valor mais alto, diminuí o consumo da carne de gado e tive de partir para peixes, frango e carne de porco. Agora, percebo uma queda nos preços. Mas o que esperamos é que caia um pouco mais, porque o preço da arroba do boi diminuiu e isso tem de chegar ao consumidor”, opinou. 

Para Henrique Lobato, 29, a queda não foi tão impactante. “Ainda vejo muitas carnes com valor alto. Tenho de pesquisar muito entre um estabelecimento e outro para encontrar um preço mais em conta. A picanha, por exemplo, tem variação de até R$ 20”, comentou o analista de tecnologia da informação. 
 
Quem trabalha no setor sentiu que os clientes passaram a comprar mais em janeiro. Maciel Pereira, açougueiro há 20 anos, notou a diferença. “Neste mês, as vendas estão aumentando em relação a dezembro. As pessoas percebem que os preços caíram. Deu uma alavancada boa (nos negócios da loja)”, avaliou.
 

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