Cidades

Preso líder do PCC que pretendia queimar ônibus e destruir prédios no DF

Alexandro Dionato dos Santos, conhecido como Tony Country ou Goleador, foi detido em Assis (SP). Ele mantinha comunicação com integrantes da facção criminosa da capital federal

Correio Braziliense
postado em 04/02/2020 19:28
fachada da cecorUm dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi preso preventivamente no município de Assis (SP), na segunda-feira (3/2). Alexandro Dionato dos Santos, conhecido como Tony Country ou Goleador, de 25 anos, era procurado pela Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor) desde março de 2019, quando houve a deflagração da Operação Continuum
 
Alexandro Santos exercia, dentro do PCC, a função de "Geral das Trancas", cuja obrigação é prestar auxílio e organizar crimes no sistema penitenciário. Em meio a uma ação no ano passado, investigadores da Divisão de Repressão a Facções Criminosas (Difac) encontraram um papel que indicava o pedido de atentado no Distrito Federal.
 
"A missão dele era queimar ônibus e destruir prédios públicos. A ordem veio de dentro dos presídios, o que indica que o preso tinha um papel importante dentro da facção, pois mantinha a comunicação entre o estado de São Paulo e o Distrito Federal", observa o delegado Guilherme Sousa Melo, diretor da Difac.
 
Tony Country contava com mandado de prisão expedido pela Justiça e, por isso, era considerado foragido. Os agentes da divisão receberam a informação sobre o paradeiro do suspeito. A Difac recebeu apoio da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). 
 

Combate ao crime organizado

A Operação Continuum foi realizada em 22 de março, no Distrito Federal e em São Paulo. O objetivo dos policiais da Cecor era combater a tentativa de consolidação do PCC na capital federal, assim como a atuação da sigla no sistema prisional local. A 5ª Vara Criminal de Brasília expediu sete mandados de prisão preventiva e sete de buscas e apreensões. Os acusados foram indiciados pelo crime de integrar organização criminosa. 
 
Em meio à ação, agentes encontraram um caderno com informações importantes sobre integrantes do PCC. Em uma das folhas divulgadas pela Polícia Civil, há a ficha de inscrição de um homem, à época com 19 anos, morador de Santa Maria. Entre os dados constava a data de "batizado" (entrada no PCC) dele, em 25 de junho de 2018, em Buriti (MG). Após se tornar membro da facção, ele ficou conhecido como "Humildade" e "Gêmios" (sic). As anotações também indicavam as responsabilidades de cada um dos membros, conforme ficha pessoal. 
 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags