Cidades

Quadrilha que dava golpes pelo celular roubou R$ 1,1 milhão de brasilienses

O grupo ligava para as vítimas como se trabalhassem em um banco e as convencia a fornecer dados bancários, sacando mais tarde os valores

Correio Braziliense
postado em 06/02/2020 12:14
O celular era o ponto de início do golpe, que fez vítima em mais cinco estadosUm esquema em que criminosos retiravam dinheiro de contas bancárias utilizando informações extraídas de celulares é alvo de uma operação realizada nesta quinta-feira (6/2) pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e de outros cinco estados. Segundo os responsáveis pela Operação XCordeX, a quadrilha conseguiu retirar cerca de R$ 1,1 milhão de contas só no DF. 

As investigações revelaram o modus operandi dos criminosos. Eles ligavam para as vítimas utilizando um recurso tecnológico para alterar a identificação da chamada. Era como se a ligação estivesse sendo feita pelo número oficial de um grande banco. Ao longo da ligação, a pessoa era conduzida a digitar informações da conta bancária e senha. 

As pessoas ainda eram orientadas a ir a um caixa eletrônico e a enviarem a imagem de um QR Code para os criminosos por um aplicativo de mensagens. Com todas as informações em mãos, a quadrilha retirava dinheiro das contas e repassava para membros do bando. Ao menos 37 pessoas caíram no golpe. 


50 mandados em todo o país

A ação do grupo era feita em conjunto em diferentes pontos do Brasil. Além do Distrito Federal, golpes ocorreram em São Paulo, Bahia, Ceará, Paraíba e Santa Catarina. Policiais Civis de todas as regiões cumprem 50 mandados judiciais — de prisões, busca e apreensões e sequestros de bens. 

De acordo com a PCDF, as investigações do caso começaram quando R$ 4 mil foram retirados de uma conta bancária de um morador do Distrito Federal em outubro de 2019. Ao chegar em duas pessoas envolvidas no recebimento desse valor, a corporação descobriu outros criminosos na coordenação do esquema em âmbito interestadual. 

Os criminosos vão responder pelos crimes de furto mediante fraude, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A pena para esses casos podem chegar aos 10 anos de reclusão. Atualizações do caso serão fornecidas ao longo do dia pela PCDF.

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