Cidades

Pesquisadores da UnB descobrem propriedade de ômega-3 contra o Zika vírus

A pesquisa do Laboratório de Imunologia e Inflamação da universidade constatou que, entre outras funções, o óleo de peixe poderá ser utilizado no tratamento de fertilidade masculina afetada pelo vírus

Correio Braziliense
postado em 06/02/2020 17:16
A pesquisa do Laboratório de Imunologia e Inflamação da universidade constatou que, entre outras funções, o óleo de peixe poderá ser utilizado no tratamento de fertilidade masculina afetada pelo vírusUma pesquisa feita por uma estudante da pós-graduação em biotecnologia com especialização em patologia molecular da Universidade de Brasília (UnB) revelou propriedades do óleo de peixe ômega-3 no combate de sintomas desenvolvidos pelo Zika Vírus. De acordo com o resultado da experiência do Laboratório de Imunologia e Inflamação da Universidade de Brasília (Limi/UnB), o óleo de peixe ômega-3 consegue proteger neurônios contra morte celular, estresse oxidativo e inflamação causada pelo vírus zika. 

A resposta anti-inflamatória e neuroprotetora sobre o Sistema Nervoso Central (SNC) é uma esperança para que a substância possa ser utilizada como auxiliar nas terapias antivirais para combater o efeito tóxico causado às células pelo vírus, e poderá ser utilizado também no tratamento de outros aspectos afetados, como a fertilidade masculina.
 
O estudo começou como parte do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e hoje, continua como tema da dissertação de mestrado da estudante Heloísa Braz de Melo orientada pela professora Kelly Magalhães. 

A estudante e pesquisadora  passou dois anos da graduação fazendo as caracterizações e analisando a resposta inflamatória do ômega-3 nos contextos de câncer, obesidade e inflamação. Visto os resultados do ômega-3 como neuroprotetor e também anti-inflamatório as pesquisadoras, decidiram então, no início do surto de zika, a analisar se a substância poderia ser também protetora contra essa infecção viral. “Foi aí que decidimos juntar as duas coisas e esse foi o grande diferencial do trabalho. Elas nunca foram estudadas juntas antes”, lembra Kelly.
  
A transmissão do vírus zika acontece por meio de picada do mosquito Aedes aegypti, de relação sexual e da mãe para o bebê durante a gestação. Vale ressaltar que os sintomas da infecção pelo zika (vermelhidão pelo corpo, febre e coceira são os mais comuns) duram em torno de sete dias, mas a transmissão sexual pode ocorrer por cerca de seis meses a um ano após a infecção.

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