Cidades

Sindvamb lança aplicativo para vendedores ambulantes serem legalizados

O aplicativo está disponível apenas para cadastro. Em breve, segundo o sindicato, terá disponível opções para facilitar a vida dos vendedores através da tecnologia

Correio Braziliense
postado em 11/02/2020 16:10
Além dos projetos nas cidades do DF, o sindicato pretender criar outro aplicativoSindicato dos Vendedores Ambulantes (Sindvamb) criou um aplicativo para os vendedores ambulantes do Distrito Federal saírem da informalidade. Esse projeto faz parte do programa Sou Legal. Segundo Cristiane Carvalho, vice presidente do sindicato, o objetivo principal é identificar o número exato de vendedores de rua. “Queremos que o trabalho do ambulante seja justo e feito com respeito, além de trabalhar os números exatos sobre essa economia, que é movimentada. Com isso, conseguiremos atender melhor os ambulantes” afirma. 

Segundo a vice presidente, uma das ideias dessa modernização é de mudar os índices de informal para formal, além de acabar com o estigma sobre os ambulantes. “Aos poucos  vamos mudar esse estigma que ambulante é ilegal e informal. Vamos mostrar que ele é um grande colaborador para a economia do DF” reafirma.

No primeiro momento, pode ser feito no aplicativo apenas o cadastro gratuito para os ambulantes. Em breve, segundo o sindicato, para usufruir de todas as opções, o vendedor terá que estar regularizado como microempreendedor individual (MEI). “Queremos que os vendedores se enxerguem como empresa e que ele tenha como se manter em caso de emergência” destaca Cristiane. Além da regularização, planos de saúde, odontológico, descontos em compras com indústrias também farão parte do aplicativo.

A vendedora ambulante Darlene Matos, concorda com a regularização por meio do aplicativo. Ela alega que será mais fácil e que evitará constrangimentos de trabalhadores perderem a mercadoria. “Ser ambulante é a única forma de sustentar a família. Acho um absurdo quando a fiscalização chega tomando os produtos de quem está trabalhando para ganhar o pão de cada dia” argumenta. 

A ideia também é que eles atuem cada vez mais e de forma independente. Na plataforma, os ambulantes terão disponíveis as oportunidades de eventos cidade. As barracas serão padronizadas e terá o uso de uniformes.“Além de terem mais lucro, queremos pôr um fim nas atuais condições onde marcas disponibilizam guarda sol por exemplo para gerar propaganda instantânea sem o vendedor receber por essa divulgação” antecipa Bartolomeu Gonçalves Martins, Presidente do Sindicato. 

O vendedor ambulante José Costa é a favor da regularização do trabalho. Para ele, o governo deveria entender que os ambulantes já procuraram outras opções de emprego. “Nós pagamos os impostos com nosso trabalho que não é fácil. Muitos estão aqui por terem sido demitidos nas empresas e não conseguirem emprego formal, como é meu caso. Tive que me virar para não faltar comida na mesa” relata.

Comércio nas regiões administrativas e aplicativo para clientes

Uma das ideias para acabar com barracas ilegais perto de lojas regulares é de desenvolver o comércio na região onde moram o vendedor. “Ao invés do ambulante vir de Ceilândia para o Plano, vamos desenvolver projetos para os que estão lá” complementa o presidente. 
Segundo a vice presidente, uma das ideias dessa modernização é de mudar os índices de informal para formal

Com essa ideia de modernização, algumas empresas também pensam em contratar moradores de rua para sair da vulnerabilidade e incentivar ao trabalho. “Tem empresa que quer dar 200 ou 300 reais para moradores de rua serem ambulantes e que tenham mais dignidade” adianta Cristiane. 

Além dos projetos nas cidades do DF, o sindicato criará outro aplicativo. O Sindvamb Pay será lançado para clientes e melhor realização dos eventos. O intuito do projeto é estimular o comércio digital seguro. Ele terá formas de pagamento digital, geolocalização e informações sobre os ambulantes como mercadorias que vendem. “Os clientes podem ver no aplicativo onde os ambulantes estão e o que vendem nas ruas e eventos. Podem fazer a compra via celular e ir buscar na barraca apresentando o QR Code para validar a compra” acrescenta a vice presidente. 

A ideia da compra digital também vale para os ambulantes que compram nos fornecedores parceiros do aplicativo. As compras, no geral, serão registrada na base de dados. “Com isso queremos estimular a formalidade, onde se comprará de MEI para empresa. Com essa tecnologia vira QR Code que não terá fraudes" informa Cristiane.  

*Estagiário sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza

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