Cidades

Familiares e amigos se despedem do diretor da Clube FM, Robson José Dias

O corpo do condômino dos Diários Associados foi velado e cremado em Goiânia

Correio Braziliense
postado em 12/02/2020 06:00
Com Paulo César Marques, Ricardo Noronha, Evaristo de Oliveira, Clayton Aguiar e Chico JardimO mineiro de Lagoa Formosa Robson José Dias teve uma trajetória de sucesso nos Diários Associados. Ainda rapaz, em 1968, ingressou nas empresas do grupo criado por Assis Chateaubriand. Começou no departamento pessoal, e, em seguida virou administrador da TV Brasília. Passou ainda pela TV Goiás e TV Goiânia. Antes de ser diretor da Clube FM, Robson também foi gerente de circulação e gestor dos Diários em Pernambuco até chegar a condômino do grupo. Travou uma dura batalha contra um câncer no intestino. Morreu, na madrugada desta terça-feira (11/2), aos 71 anos, em Goiânia, onde foi cremado.

Familiares, amigos e colegas de trabalhos se despediram, nesta terça-feira (11/2), numa cerimônia marcada pela emoção e saudade. Ele deixa três filhos: dois homens e uma mulher. Segundo amigos, estava separado da esposa, mas vivia para os filhos e para dar assistência a eles.

Desde o último dia 28, quando fez aniversário, precisou iniciar um tratamento mais forte, com quimioterapia, para combater a doença. Isso, no entanto, o debilitou, e ele não conseguiu se recuperar. Amigos guardam a lembrança de uma pessoa séria e sempre comprometida com o trabalho.
 
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O presidente do Correio Braziliense, Álvaro Teixeira da Costa, lamentou a morte do amigo. “Perdemos hoje um grande colega. Profundo conhecedor de rádio, um grande profissional, leal e correto.” O vice-presidente executivo do Correio, Guilherme Machado, elogiou a determinação do diretor. “Robson Dias era um homem que não temia trabalho, nem grandes desafios. Administrador nato, comandou nos últimos anos com brilhantismo nossa rádio Clube no DF. Com seu falecimento, os Diários Associados perdem um incansável colaborador e um fraterno amigo.”
 
Paulo César Marques, diretor de Comercialização e Marketing do Correio, também falou sobre a perda. “Robson era afável e alegre. Um profissional comprometido. Foi um privilégio trabalhar com ele por quase 23 anos”, afirma.

Leonardo Moisés, diretor financeiro do jornal, lembrou dos ensinamentos do amigo. “Tive o prazer de conviver com o Robson por 22 anos. Criamos uma relação de amizade e de admiração um pelo outro. Sempre tinha uma história para contar. Aprendi muito com ele e vou levar sempre comigo nas minhas lembranças o seu sorriso e o seu companheirismo”, afirma.

Bom ouvinte

O amigo e músico Sebastião Rodrigues, o Tião, da banda Squema 6, o conheceu em 1968, quando eles moraram juntos em uma república, em Taguatinga. “Sabe aquela pessoa que você pode passar um ano sem ver, mas quando encontra, retoma a conversa de onde parou? Era assim com a gente”, lembra. Segundo ele, Robson era introspectivo e um bom ouvinte. “Eu fico muito sentido. Foi uma pessoa importante e afetiva na minha vida. É uma grande perda”, lamentou.

“Dado o nível afetivo que a gente viveu no tempo daquela república, isso nos aproximou muito. Quando nós nos encontrávamos, ficávamos naquela prosa de uma hora.” A proximidade acabava sendo familiar. “Visitei os parentes dele várias vezes em Minas Gerais, e estive com ele em Pernambuco, quando ele morava lá. Saíamos para almoçar ou beber vinho.”

Uma amizade de mais de 50 anos. É assim que recorda o superintendente de logística do Correio, Possidônio Meireles, da relação fraternal com Robson. Com carinho, ele resgata da memória histórias de quando trabalhavam juntos. “Era uma pessoa determinada e positiva, muito leal e trabalhadora. Lembro-me de a gente sair da empresa às 23h, fechando folha de pagamento, que era feita manualmente, para deixar tudo pronto para a tesouraria.”

Robson foi o primeiro chefe de Possidônio no grupo, em 1969, quando logo se tornaram grandes amigos. A dupla costumava almoçar na W3 Norte. Emocionado, Possidônio recorda as perdas recentes do grupo de amigos, entre elas, o vice-presidente executivo do Correio Evaristo de Oliveira, falecido em novembro de 2017.

O consultor de recursos humanos dos Diários Associados, Marcelo Teixeira, lamenta a perda. “Ele (Robson) foi padrinho de casamento do meu pai. Era um grande amigo da família.” Segundo ele, a parceria teve início quando Robson e o pai trabalhavam no RH e na tesouraria da empresa. “Naquela época, a amizade entre funcionários era uma coisa fantástica.” O próprio Marcelo chegou a conviver com Robson nos Diários. “Era um grande administrador, de muita competência.”

Acessível

Colegas de trabalho também sentiram a saudade do comprometimento profissional de Robson. Arthur Luís, gerente da rede Clube FM, é um deles. “Gostava muito de trabalhar; trazia muito prazer para ele. Estava sempre acessível a todos. Ninguém tinha dificuldade para conversar com ele”, detalha. Arthur descreve os quatro anos que passaram trabalhando juntos como um período de aprendizado. “Era uma pessoa muito humana, competente e, sobretudo, querido por todos do meio.”

Ele lembra que a descoberta da doença foi uma surpresa. “Mais ou menos nessa mesma época, no ano passado, ele decidiu fazer uns exames, porque não estava se sentindo bem. Achava que pudesse ser algo relacionado a diabetes, mas os médicos constataram o câncer”, recorda. “Foi então que ele se afastou (do trabalho) para iniciar o tratamento. No meio do ano passado, ele já havia retornado.

Em nota oficial, o grupo Diários Associados comunicou a morte do diretor. “Ao Robson, nossa homenagem e nosso eterno agradecimento por tudo que representou para o grupo”, informa o texto. “À família, os mais sinceros sentimentos e condolências.”

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