Cidades

Polícia descarta participação de pai em morte de criança

Na presença da mãe, Laryssa Yasmim confessou o crime. Um colchão ensanguentado foi a principal prova para confrontar versão da acusada

Correio Braziliense
postado em 13/02/2020 21:58

Na presença da mãe, Laryssa Yasmim confessou o crime. Um colchão ensanguentado foi a principal prova para confrontar versão da acusadaA Polícia Civil descartou a possibilidade de participação do pai da criança, um jovem de 25 anos, no assassinato da própria filha de dois anos, na manhã desta quinta-feira (13/2), em Vicente Pires. De acordo com o delegado Sérgio Ribeiro, a localização de um colchão onde a criança teria sido esfaqueada foi essencial para confrontar a versão da mãe, Laryssa Yasmim Pires de Morais, 21, que logo depois confessou o crime. 

 

Durante a tarde os agentes da polícia civil voltaram ao apartamento para complementar a perícia e encontraram o objeto ensanguentado. Até o momento, a polícia acreditava que a criança tivesse sido esfaqueada no quarto, onde foi encontrado uma poça de sangue. 

 

“A mãe dela esteve na delegacia, passou a acompanhar parte da oitiva dela e na presença da mãe que ela começou a se desestruturar e confessou que estava acusando falsamente o pai da menina. Não disse motivo nenhum”, detalhou o delegado. 

 

O depoimento de testemunhas também ajudou a descartar a acusação contra o pai da criança. A mãe de Laryssa declarou que a jovem tinha problemas com drogas e o conduta teria sido um dos motivos para expulsa-la de casa. Além disso, segundo ela, a jovem não tinha um vínculo afetivo com a criança.

 

O pai também já teria dito a polícia que estava articulando junto com a ex-sogra para ter a guarda da menina. Este poderia ser um dos motivos que levou Laryssa a matar a criança e tentar matar o ex-namorado. 

O crime

De acordo com o delegado Josué Ribeiro, Laryssa levantou por volta de 5h30, levou a criança até a cozinha,  e tentou desferir a primeira facada próximo ao pescoço. A tentativa não teve êxito e acordou a criança que teve o choro testemunhado por vizinhos. Após isso, ela teria sufocado a menina e desferido as duas facada no tórax da criança.

 

Em seguida, ela foi até o quatro, e com outra faca tentou agredir o pai de Júlia, no rosto. 

 

Após desarmar a mulher o homem ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A gravação também foi periciada pela polícia e serviu para desmentir outro argumento apresentado por Larissa de que ela teria atacado o homem neste momento por acreditar que ela o acusava da morte da criança a polícia. 

 

Enquanto isso, o pai presenciava ela ocultar o colchão e limpar as facas utilizadas no crime. 

  

A polícia ainda aguarda a audiência de custódia para definir se a prisão em flagrante será convertida em preventiva ou temporária. Laryssa também deverá passar pelo IML para confirmar através de um exame toxicológico, se a mesma estava sob o efeito de drogas no momento do crime ou não. 

 

Se condenada, ela responderá pelos crimes de lesão corporal e homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. No primeiro caso a pena aplicada pode ser de três meses a três anos, e no caso do assassinato, de 12 a 30 anos de prisão.

 



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