Correio Braziliense
postado em 22/02/2020 16:30
Depois do encerramento do bloco infantil Pintinho, o Galinho de Brasília esquenta o clima na tarde deste sábado (22/2), em Brasília. Por volta das 15h, o trio elétrico do bloco, embalado pela banda Marafreboi, deixou o gramado do Complexo Cultural Funarte e entrou no Eixo Monumental, ao som das tradicionais marchinhas de carnaval.
O clima familiar predomina no bloco, consagrado no DF. Pessoas de todas as idades curtem a festa e aproveitam que a chuva deu uma trégua. Os bonecos do Galinho fazem sucesso e são os mais requisitados nas selfies dos foliões.
Tutus coloridos também fazem sucesso e ajudam a compor todo tipo de fantasia, como a das amigas Fernanda Lopes e Isabelle Andrade. As estudantes de 17 anos escolheram fazer uma referência a girassóis. "Sempre quis me vestir como essa flor. Ano passado, não consegui ir para nenhum bloquinho, mas, desta vez, não quis perder a chance", comenta Isabelle, que acompanha o Galinho pela primeira vez.
Fernanda, pelo quarto ano no Galinho, conta que sempre aproveita a festa com grupos diferentes. "Acho (o bloco) muito bom por ser mais tranquilo. Já vim com a família, mas o legal é que o pessoal do colégio todo se reúne aqui para pular carnaval junto”, comenta a foliã, que pretende festejar com a amiga até terça-feira (25/2).
Ane Kassia Vieira, 21, é de São Luis (MA), está em Brasília há um ano e aproveita o carnaval da capital federal pela primeira vez. Ela diz que achou a festa da cidade uma surpresa positiva. Ela estava no gramado com a a filha, Maria Vieira, 4. "É uma festa muito boa. Além de animada, está com muito policiamento; então, dá para curtir em família", observa Ane Kassia.
Durante os festejos, os organizadores têm reclamado da mudança de lugar do desfile. Durante 28 anos, o Galinho de Brasília saía na altura da 201 Sul e circulava pelo Setor de Autarquias. Em 2020, no entanto, o bloco precisou trocar o local da festa, por determinação do GDF. "De tema este ano, só o nosso protesto. O governo impôs essa mudança e quebrou uma tradição de 28 anos. É um absurdo”, criticou Carla Torres, uma das organizadoras.
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