Cidades

Eixo capital

Correio Braziliense
postado em 23/02/2020 04:07


Fã de Bulcão e Niemeyer, Regina Duarte
se prepara para a vida em Brasília 
Fã de Athos Bulcão, um dos símbolos de Brasília, a atriz Regina Duarte comprou várias peças com o tema dos famosos azulejos do artista, como canecas e utensílios de casa, além de obras para decorar sua residência na capital. A famosa namoradinha do Brasil toma posse na Secretaria de Cultura do governo Bolsonaro na primeira semana de março com uma solenidade para poucos convidados. São cerca de 450 pessoas, entre artistas, amigos, familiares e políticos aliados. No discurso, Regina terá a colaboração da assessoria, mas o arremate geral com o tom do que quer e precisa dizer à comunidade artística é da atriz que fez uma escolha de vida ao deixar a Globo para mergulhar na administração pública. Ela tem identidade com Brasília, além de Athos Bulcão, Regina Duarte é também apaixonada pelo arquiteto Oscar Niemeyer.



Projeto garante nome social de pessoas
trans em lápides 
e atestados de óbito
O deputado Distrital Fábio Felix (PSOL) protocolou projeto que assegura o reconhecimento do nome social em consonância à identidade de gênero de pessoas trans e travestis nas lápides de túmulos, jazigos, certidões de óbito e outros documentos. De acordo com o texto, esse direito deve ser garantido mesmo quando o nome registrado em documentos de identidade civil (RG, Certidão de Nascimento) diverge do nome social. A iniciativa, batizada de Vick Jugnet, tem o objetivo de evitar maior sofrimento para as famílias e garantir o respeito à memória de pessoas trans. Embora a jovem tenha adotado o nome Victória, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios negou retificação póstuma de seu registro civil, alegando que seria necessária uma retificação de Victória Jugnet em vida.“ Eu tive que entrar na justiça para que minha filha tivesse sua identidade respeitada e, mesmo assim, não consegui”, conta Alessandra Jugnet, mãe da Vick. 


Posse em março 
O procurador Zélio Maia só toma posse na direção-geral do Detran-DF em março. Desde a semana passada, quando aceitou o convite, ele prepara os trâmites para se licenciar da Procuradoria.



CEB: Privatização irreversível 
A bancada do PT na Câmara Legislativa iniciou uma ofensiva contra a privatização da CEB. O governador Ibaneis Rocha anunciou na sexta-feira que não tem outra alternativa a não ser vender a empresa e o processo é irreversível. “Houve muita irresponsabilidade para que a CEB chegasse a esse ponto de quase perder a outorga de distribuição de energia da Aneel. A privatização é o único caminho e será feita. Já estamos com estudos adiantados e, nas próximas semanas, o mercado terá novas informações sobre o processo em curso”, disse  o governador, depois de se reunir com os deputados Arlete Sampaio e Chico Vigilante (PT).


Mandou bem 
Os Tribunais do Júri de Samambaia e de Ceilândia conquistaram, respectivamente, o 1º e o 2º lugar no ranking nacional de desempenho do CNJ, que mede a produtividade, com as menores taxas de congestionamento em 2019.


Mandou mal 
O Brasil está em terceiro lugar no ranking de desvalorização das moedas neste ano, atrás apenas da Venezuela e do Sudão. A cotação do dólar já atingiu a cifra de R$ 4,40 e ainda pode subir mais.


Enquanto isso...
Na sala de Justiça 
O que os generais do país acham da anistia a policiais militares que fazem greve e motim?



Caiu na rede...
O desafio do ex-deputado Alberto Fraga no Instagram. 


Só papos


“Imagine uma pessoa indo com uma retroescavadeira para cima de você? O que se espera? No mínimo uma reação em defesa de sua própria vida. O que Cid Gomes fez foi, no mínimo, tentativa de homicídio com dolo eventual”

Deputado Eduardo 
Bolsonaro (PSL-SP)



“Deputado Eduardo Bolsonaro, será  necessário que nos matem mesmo antes de permitirmos que milícias controlem o Estado do Ceará como os canalhas de sua familia fizeram com o Rio de Janeiro”

Ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT)


À QUEIMA-ROUPA 


Arthur Trindade
sociólogo, ex-secretário de Segurança Pública do DF, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública 


“As greves de policiais militares tendem a ter um “efeito dominó”.
Já se observa movimentações em diversos estados da Federação”


Acredita que o motim realizado por PMs do Ceará é uma demonstração
de que os governadores 
não controlam as polícias militares?
Sim, os governadores têm pouco controle sobre as polícias em geral. Isso não acontece apenas no Brasil. Os governantes têm muito menos controle sobre as polícias do que estamos preparados para admitir.

O poder da bancada da bala ampliado em números de
parlamentares nesta legislatura potencializa esse movimento?
Sem dúvida. De forma geral, os parlamentares ligados às polícias tendem a potencializar os movimentos paradistas, uma vez que acenam com a possibilidade de anistia para as lideranças do movimento.

Esse movimento salarial do Ceará pode chegar no DF, onde a PM aguarda por 
um reajuste semelhante ao da Polícia Civil, que aliás ainda não saiu?
As greves de policiais militares tendem a ter um “efeito dominó”. Já se observa movimentações em diversos estados da Federação.

No governo Rollemberg, houve uma opção política
de atender a PM 
e privilegiar a corporação?
Não creio que houve uma decisão deliberada para privilegiar uma corporação em detrimento da outra.

Quem está mais errado naquela cena? O senador Cid Gomes que
tentou atropelar policiais com uma retroescavadeira ou 
policiais que atiraram num cidadão?
Os dois lados parecem errados. A atitude do senador foi destemperada. Colocou em risco a vida de outras pessoas. Policiais armados, realizando piquetes na porta de quartel, também representam um perigo. 

O que você acha do ativismo político da PM não só nas questões
salariais, como também no avanço das atribuições de outras corporações?
Não há problema que policiais militares defendam suas pautas, desde que isso seja feito dentro dos canais democráticos. Obviamente, não podem extrapolar, ameaçar autoridades ou obrigar o comércio a fechar as portas. 

Qual é a sua opinião sobre anistia a policiais que fazem motim?
Esta é a grande questão: é greve ou motim? Como os policiais não têm direito à greve, os movimentos paradistas não são regulados pela justiça do trabalho. Essas situações, de acordo como a legislação, estão no âmbito de competência da justiça militar que, geralmente, se mostra bastante relutante em enquadrar estas paralisações como motins. Por não ter regulação nem enquadramento jurídico, estas greves tornam-se extremamente radicais. Creio que deveríamos aceitar a sindicalização das polícias militares, como França e Chile já estão fazendo.

O próprio presidente Jair Bolsonaro foi expulso do Exército por
participar de um movimento grevista. Esse comportamento 
acaba servindo como exemplo?
O que estimula o movimento grevista é a promessa de apoio por parte do governo federal. Isso, obviamente, causa um grande mal-estar com os governadores.
 
 

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