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Correio Braziliense
postado em 23/02/2020 04:07
Com mais de 40 anos no mercado, a empresa se consolidou ainda mais com a expansão para o Setor de Indústrias Gráficas (SIG)


História escrita há décadas


O ano era 1979. Depois de um período trabalhando em uma papelaria do Distrito Federal na década de 1960, o mineiro José Eustáquio Elias, hoje com 66 anos, tomava uma decisão que mudaria os rumos de toda a família: criar um negócio próprio no ramo. Nascia assim a ABC Papelaria, uma empresa que se tornaria um dos principais pontos de venda de cadernos, artigos escolares, produtos de informática e itens para escritórios em Brasília.

Com mais de 40 anos no mercado, a direção da empresa continua nas mãos de José Eustáquio, que atribui o sucesso do negócio ao apoio e ao trabalho da família. Em contrapartida, os familiares associam os bons resultados à trajetória e ao dom do patriarca. Eustáquio veio de uma pequena cidade chamada Medeiros, no interior de Minas Gerais, e, conforme apontam os que estão à sua volta, ele sempre demonstrou talento para as vendas.

Desde criança, Eustáquio teve que trabalhar. Vendeu alface, entregou livros pedalando uma bicicleta e chegou a fazer serviços como engraxate para moradores da cidade mineira. Com a perspectiva de melhora de vida, mudou-se para Brasília em 1968, e se encontrou no mercado de cadernos, lápis, borrachas e livros.

Na construção da papelaria, ele passou por diversos desafios, como as crises econômicas que marcaram o Brasil nas décadas de 1980 e de 1990. À época, Eustáquio assumiu o slogan “crise é vitamina para quem tem determinação”, e passou a traçar estratégias para contornar os problemas que surgiam. Deu certo. Tanto que possibilitou a expansão da papelaria para o Setor de Indústrias Gráficas (SIG), e uma nova vertente de negócios, com a criação da “Fazenda ABC”, onde o mesmo grupo empresarial se dedica a uma plantação de eucaliptos e à criação de gado.

A popularidade em Brasília, no entanto, segue sendo o trabalho com itens de papelaria. Atualmente, são dois pontos de venda físicos no Distrito Federal, um no SIG e outro no Itapoã. Juntos, empregam 58 funcionários. Segundo o gerente comercial do grupo e cunhado de Eustáquio, Deber Cabral, 69, o sucesso em vendas das lojas está relacionado ao bom atendimento e à fidelidade dos clientes. “Somos atenciosos no atendimento, e a clientela é muito fiel. Então, vamos criando aqueles laços pelo tempo, e o cliente segue. Nos esforçamos também para chamar os novos e mantê-los quando chegam. É a fidelidade em relacionamento”, conta.

Deber também aponta que, ao longo dos 40 anos, a ABC auxilia os brasilienses a comprarem produtos de qualidade a um preço acessível. Diz ainda que o trabalho da papelaria é importante para manter o comércio do setor mais justo em todo o DF, devido ao trabalho das lojas em relação à concorrência.

“Temos uma importância de mercado que é praticamente a regulação de preços. Essa sempre foi a base da ABC. Gostamos de divulgar os valores dos produtos e, quando fazemos isso, se reduz e se orienta mais a concorrência para venderem dentro da realidade”, afirma o gerente.

Perspectivas

Para 2020, a expectativa é de ampliação das vendas com os novos atendidos pelo Cartão Material Escolar, oferecido pelo Governo do Distrito Federal (GDF). A empresa também se prepara para realizar, antes do segundo semestre, uma nova ação social, que costuma organizar no município São Pedro do Passa Três, em Buritis (MG): uma doação de materiais à escola do município, que costuma ser feita em uma ação social que reúne dentistas e psicólogos, para atender as crianças e toda a comunidade da cidade.


GENTE...

Inovação em publicidade 



Gabriel Lira


Criada em 2016, a Gruv é uma agência de publicidade que se define como “uma empresa de comunicação composta por especialistas e exploradores criativos”. O trabalho é direcionado por Gabriel Lira, 31 anos, Miguel Marinho, 33, e Vinicius Matteo, 31. O trio começou a empreender junto desde 2012, em um projeto de calçados, a MUV Shoes. Ao perceberem afinidade com a propaganda e a necessidade de inovação na área, os brasilienses decidiram dar início à agência. Nesses quatro anos, foram mais de 300 clientes atendidos, entre empresas de transporte por aplicativo, do ramo alimentício e multinacionais.

Atualmente, o trabalho da agência conta com mais de 70 colaboradores, que se auxiliam para prestar serviços que vão da publicidade tradicional ao planejamento estratégico. Também passam pelo marketing digital, branding, relações públicas, gestão de mídias sociais, assessoria de imprensa e ativação de marcas em eventos. 

Como estratégia para os bons resultados e desenvolvimento dos negócios, os diretores apostam em um modelo de gestão horizontal, em que cada colaborador — os chamados gruvers — tem a liberdade criativa para propor sugestões para o negócio. “Na Gruv não existe a sala do chefe. Todos se sentam juntos, o que proporciona um acesso maior aos líderes das áreas e participação ativa nos projetos dos clientes”, afirma Gabriel Lira.

Qual o diferencial da Gruv em relação a outras empresas?
Nascemos por acreditar que o modelo tradicional não responde a todas as questões impostas pelo mercado, que se tornou muito mais dinâmico nos últimos anos. Em nossa gestão, procuramos ser simples e incentivar a criatividade e a responsabilidade dos colaboradores. No atendimento aos clientes, gostamos de fazer as marcas desafiarem o normal com ações que tenham potencial de emocionar e gerar compartilhamento.

Que desafios enfrentam nos negócios? 
O nosso maior desafio é tentar entregar melhores projetos do que ontem. Isso nos mantém desafiados e com o olho nos resultados. Gostamos de falar que é sempre um pé no chão e o dedo na Lua.

Quais características um funcionário precisa ter? 
É imprescindível ser curioso e amar o que faz, porque não dá para ser feliz somente no fim de semana. A bagagem e o conhecimento são levados em conta, mas o perfil explorador e a sede pela novidade é que nos levam a eleger os novos colaboradores.

Como pensam o futuro da empresa? 
Queremos crescer ainda mais. Para isso, somos obcecados por métricas e acompanhamos constantemente os desempenhos de todas as áreas, times e Gruvers. Tudo é gerenciado de forma aberta e vira metas e tarefas para as equipes. As falhas, viram aprendizado.

Acreditam que há uma crise no mercado? 
Somos otimistas. Acreditamos que todas as situações nos dão pelo menos dois pontos de vista e sempre nos guiamos pelo cenário mais positivo. Focamos na solução, e não no problema. Os desafios são oportunidades de crescer e de nos tornarmos cada vez mais disruptivos.




BBQ MIX
RECORDE MUNDIAL

O BBQ Mix, evento que reuniu churrasco e muita música sertaneja no último domingo, em Goiânia, continua chamando a atenção, tanto em Goiás quanto em Brasília. É que o encontro bateu recorde e foi reconhecido pelo Guinness World Records como o festival que serviu a maior quantidade de porções de churrasco no menor tempo em todo o mundo.

Ao longo de oito horas, foram consumidas 23 mil porções de churrasco de carne bovina, o que fez os organizadores alcançarem o feito inédito já na primeira edição do evento. Cada porção distribuída estava dentro dos padrões: não tinha menos de 100 gramas, nem ultrapassava os 150 gramas. A apuração foi feita por um cronômetro em um grande painel que estava no evento e contou com 120 voluntários, que anotaram a quantidade de cada porção distribuída.

A quantidade de carne superou as expectativas até da própria organização. Era esperado o consumo de 20 mil porções. A preparação de toda a carne também foi feita no método tradicional, no carvão, ou na lenha. A organização aproveitou para explorar diferentes tipos de corte e a gastronomia de churrascos internacionais, como os feitos na Austrália e nos Estados Unidos.

A avaliação contou com a presença de duas pessoas recrutadas pelo próprio Guiness — além de um terceiro, que veio de Nova York só para o evento — e inspetores da vigilância sanitária. Entre os critérios que foram seguidos, estavam não haver desperdício e a contagem só valer para as carnes consumidas.

O BBQ Mix ocorreu ao longo da tarde de domingo no estacionamento do estádio Serra Dourada. Os organizadores estimam que 40 mil pessoas participaram do evento que, além de churrasco, contou com mais de 10 horas de música sertaneja. Entre as atrações convidadas, estiveram a dupla Chitãozinho e Xororó, Edson e Hudson, Matheus e Kauan e os Parazim, entre outros.


NOTAS...



BB oferece crédito rural
O Banco do Brasil disponibilizou R$ 15 milhões para a compra antecipada de insumos agrícolas por meio do pré-custeio da safra 2020-2021. A medida é uma linha de crédito voltada para o produtor rural que deseja se preparar para a formação da lavoura. O valor liberado para os produtores é 47% maior que o contratado na última safra. À época, o banco liberou cerca de R$ 10 bilhões para a linha. Os produtores que desejarem financiar lavouras de soja, milho, algodão, café, arroz e cana-de-açúcar podem solicitar a linha pré-custeio. As taxas são a partir de 6% ao ano, e controladas pela Letra de Crédito Agrícola (LCA).


Intenção de consumo aumenta
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) alcançou o maior nível desde abril de 2015. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e foram divulgados na última semana. A intenção de consumo chegou aos 99,3 pontos em fevereiro. O número é também o melhor valor para o mês em cinco anos. Com o ajuste sazonal, a ICF teve um crescimento de 1,2 ponto percentual, mostrando recuperação após duas quedas consecutivas. O aumento no comparativo anual foi de 0,8 ponto percentual. Os indicadores de emprego e renda tiveram destaque na pesquisa. Há também análise de que as condições e perspectivas de consumo cresceram em pontos como o acesso ao crédito e na indicação de que comprar a prazo está mais fácil.


Produção de orgânicos cresce
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que houve um crescimento médio de 11% nas vendas de produtos orgânicos no mundo. A análise levou em conta as produções de 2000 a 2017. No período, o número de produtores de alimentos sem o uso de agrotóxicos subiu de 253 mil para 2,9 milhões. Apesar de os dados serem imprecisos no Brasil, as estimativas apontam que houve um crescimento médio de 17%, o que seria equivalente a 17 mil novos produtores de orgânicos. Em 2017, o Brasil ocupava o 12º lugar entre os 20 países com maior área de produção orgânica. O país é o maior produtor de arroz orgânico na América Latina e lidera a produção mundial de açúcar orgânico. 
 
 

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