Cidades

Casos de violência caem 18,7% no carnaval; furto é crime mais recorrente

Ao todo, a Segurança contabilizou 196 registros de furto de celulares. O número é menor do que o registrado na folia do ano passado

Correio Braziliense
postado em 26/02/2020 20:55
Uma das estratégias para prevenir eventuais crimes violentos no carnaval foi a utilização das linhas de revistas pessoais pela PMDFOs casos de violência durante o carnaval no Distrito Federal caíram 18,7% este ano, em comparação com ano passado. Enquanto em 2019 houve 739 registros, nos quatro dias de folia de 2020 foram 601 ocorrências. Os dados foram divulgados no início da tarde desta quarta-feira (26/2) pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). 

Este ano, houve registro de tráfico e uso de drogas, extravio de documentos, lesão corporal e apreensão de armas brancas. Nenhuma ocorrência grave relacionada às festividades foi registrada.

O furto de celular foi o crime mais recorrente neste carnaval, com 196 registros. Ainda assim, o número é menor do que o registrado na folia do ano passado. O segundo crime com mais ocorrências foi de uso e posse de drogas (78).

Para diminuir os casos de violência durante as festividades, a SSP instalou a Cidade da Segurança Pública, na área central de Brasília, região onde se concentrou a maior parte dos blocos cadastrados no DF. Coordenada pela pasta, a instalação foi ponto-base das operações das forças e de outros órgãos do governo. As novas estratégias incluíram ainda o uso de drones da Polícia Militar e câmeras de reconhecimento facial da Polícia Civil.

O secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, ressaltou que concentrar as ações foi a principal engrenagem para prevenir a criminalidade no carnaval. ''Adotamos estratégias operacionais que trouxeram resultado rápido, como as linhas de abordagem da PMDF, que foi incansável no trabalho próximo aos blocos. Tivemos ainda o Detran e o CPTran atuando juntos na fiscalização de trânsito'', disse.

Revistas


Uma das estratégias para prevenir eventuais crimes violentos no carnaval foi a utilização das linhas de revistas pessoais, pela PMDF. Quem chegava aos blocos vindos da Rodoviária de Brasília, por exemplo, encontrava pelo caminho linhas de policiais que revistavam foliões e mochilas em busca de objetos que possam ser utilizados como armas, facas, tesouras e garrafas de vidros. 

De acordo com  a SSP, a distribuição dos policiais militares nos locais dos eventos permitiu outras abordagens e revistas e possibilitou a intervenção rápida em caso de confusões. Outra medida estratégica foi tornar os policiais mais visíveis, melhorando a sensação de segurança do público.
 
Na terça-feira (25/2), a Segurança Pública atuou em 26 eventos. A PM usou 2,1 mil militares e fez cerca de 3 mil revistas preventivas em todas as festas. Foram registradas 29 ocorrências, a maior parte por posse e uso de drogas. No Setor Comercial Sul, três pessoas foram detidas por porte de arma branca, lesão corporal e por ato obsceno.

O Corpo de Bombeiros realizou 16 atendimentos de emergência nos diversos blocos de carnaval em que atuou. A corporação empregou 191 militares em 31 viaturas. No Setor Bancário Norte e na Praça dos Prazeres (201 Norte) três pessoas receberam atendimento por uso excessivo de álcool. Na Praça Central do Setor Comercial Sul, sete foliões receberam suporte dos bombeiros, um por desmaio, dois por fraturas e quatro por alcoolemia. 


Combate ao assédio

 
A campanha ''Não Mexa Comigo, Senão Eu Apito'', da PCDF, alertou os foliões sobre condutas desrespeitosas em relação às mulheres durante o carnaval. O objetivo da iniciativa, coordenada pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), foi prevenir a importunação sexual. Apitos e material informativo foram distribuídos à população. A ideia do apito é servir de alerta para eventuais importunações.
 
Em todo o carnaval, a PMDF realizou campanha de identificação infantil para garantir a segurança dos pequenos foliões. A campanha começou com a emissão de carteirinhas de identificação que foram emitidas e impressas pelo site da corporação. Além disso, houve uma parceria com o Conselho Tutelar, Secretaria de Justiça e SSP a distribuição de mais de 200 pulseiras de identificação infantil.
 
Com informações da Secretaria de Segurança Pública 

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