Cidades

Fim dos estoques

Correio Braziliense
postado em 27/02/2020 04:16
Wagner Luis Pinto, 74 anos, tentou comprar máscaras de proteção para o rosto: %u201CTenho cardiopatia e asma; então, a minha imunidade é sensível%u201D


Os brasilienses que procuram máscaras de proteção e álcool em gel para se proteger do coronavírus e de outras doenças tiveram dificuldades para encontrar os itens nas drogarias da capital. Na Rua das Farmácias, na 102/302 sul, os estoques de máscaras se esgotaram pela manhã, e, à tarde, apenas algumas unidades ainda tinham álcool em gel para vender. Algumas farmácias repõem as vendas diariamente. De acordo com a gerente da drogaria Santa Marta, na mesma rua, Eliane Francelina, a loja recebe em média, 10 pacotes com 50 unidades de máscaras, vendidas a R$ 15. Ali, elas acabaram antes das 9h.  “Geralmente, essa demanda é suficiente, mas hoje a procura foi acima do normal”, destacou.

O aposentado Wagner Luis Pinto, 74 anos, estava à procura das máscaras. “Eu vim porque acredito que estou no grupo de risco. Tenho cardiopatia e asma; então, a minha imunidade é sensível. Além disso, tenho neto em casa”, afirmou. “Mas eu acho que o pessoal tem feito muito alarde com essa questão e vejo até um interesse econômico. Não acho que vá levar muito tempo para ter controle dessa situação. Estamos tendo várias pesquisas avançadas, e a coisa não está assim tão perto de nós”, ponderou.

Segundo o infectologista do Hospital Brasília André Bon, a população que não apresenta sintomas da doença não precisa utilizar a máscara. “A máscara pode ser um produto de prevenção, mas não faz sentido que toda a população compre. Isso acaba gerando um desabastecimento desnecessário. Por isso, nós recomendamos que apenas pessoas que vão ter contato com alguém infectado ou quem está infectado com o vírus usem o item a fim de evitar a propagação dele”, explicou.

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