Cidades

PCDF prende homem que pretendia explodir baile funk na Asa Sul

Investigadores realizaram um mandado de busca e apreensão em uma casa do Lago Norte. No local, encontraram um explosivo pronto, além de materiais para a produção de outras bombas

Correio Braziliense
postado em 29/02/2020 13:30

foto mostra policiais civis no quarto do suspeito fazendo as apreensõesUm show no Distrito Federal quase se tornou palco de um massacre. Um jovem, de 19 anos, acabou preso em flagrante na manhã deste sábado (29/2). Investigadores da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) encontraram um explosivo pronto, além de materiais para a produção de outras bombas na residência do suspeito, no Lago Norte. Ele pretendia realizar o atentado em um baile funk no Corredor Central, localizado na Quadra 4 do Setor Comercial Sul.

 

Segundo o delegado Dario Taciano de Freitas Junior, a informação sobre a tentativa do massacre ocorreu uma empresa multinacional que opera serviços variados na internet. "Em um post de perguntas e respostas, esse suspeito afirmou que cometeria esse crime. A empresa encaminhou a mensagem para a Polícia Civil e, a partir disso, começamos a investigação", explica.

 

Na mensagem, o suspeito detalhou o plano assassino: "Vou fazer um massacre histórico em um showzinho de rap, funk e trap, cheio de adolescentes vagabundos, descolados e drogados. (...) com meus conhecimentos em química e acesso a armas ilegais, poderei fazer algo explêndido, o plano consiste em liberar gás venenoso ou paralisante na multidão e depois disso detonar um carro bomba com explosivos destrutivos, os sobreviventes vou matar na bala anônimo. Adoro ver o choro de vocês. Não é sonho, é real e estou pronto para me vingar. Espero que você seja uma vítima, mesmo sem nos conhecermos". 

 

"A princípio, pensamos que seria o pai dele, pois ele tem passagens. Mas quando conseguimos o mandado com o Judiciário e realizamos as buscas, vimos que se tratava desse jovem. Encontramos um artefato já pronto e, por isso, precisamos acionar a Polícia Militar para desarmar o explosivo sem que causasse qualquer dano", acrescenta Dario Junior.

 

Ainda segundo o delegado, o acusado vivia com os avós na residência. "Ali também encontramos mais dinheiro em espécie, além de extrato de potássio e nitrato de amônio, que é usado na produção de explosivos. Por isso, acreditamos que ele iria produzir outros artefatos e cometer, sim, esse atentado. Talvez, se não tivéssemos agido, Brasília teria vivido um massacre", frisa. 

 

"Ele nos disse que já praticou outras explosões e que tem conhecimento para produzir as bombas. Em uma das explosões que ele realizou, chegou a perder a falange de um dedo. Ele ainda prestará depoimento e iremos investigar a motivação dele por trás desse atentado", finaliza o investigador.

 

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