Cidades

Acusada de matar filha recém-nascida é liberada em audiência de custódia

A mulher confessou o crime alegando ter passado por uma gravidez indesejada

Correio Braziliense
postado em 05/03/2020 18:43
O caso é investigado pela 24ª Delegacia de PolíciaA mãe acusada de matar a filha de 46 dias passou por audiência de custódia e foi liberada provisoriamente. Na delegacia, a mulher confessou ter assassinado a criança asfixiada com uma fralda. 

O crime ocorreu nessa terça-feira (3/3). Agentes da 24ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), que estavam de plantão na madrugada, receberam o comunicado da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) sobre a morte da bebê. 

Durante o interrogatório, a mulher alegou que amamentou a criança e a colocou para dormir. Disse ainda que, ao acordar, percebeu que a recém-nascida não respirava e acionou o Samu. Após prestar o depoimento, ela foi liberada.

Contudo, agentes requisitaram a perícia no local e encaminharam o cadáver da bebê ao Instituto de Medicina Legal (IML) para constatar as causas da morte. Segundo o delegado Raphael Seixas, no mesmo dia do ocorrido, à noite, uma testemunha compareceu à delegacia e informou de que a mulher havia confessado o assassinato da filha. "Desde o começo das investigações, desconfiávamos de um suposto homicídio duplamente qualificado. Após ouvir uma pessoa ligada a ela, não tivemos dúvidas", afirmou. 

Policiais foram até a residência da mulher, em Ceilândia, para capturá-la, mas não a encontraram. "No outro dia de manhã, conseguimos localizá-la na residência. Em novo depoimento, ela confessou o crime e efetuamos a prisão em flagrante", explicou o delegado. A mulher já  tinha comprado uma passagem para fugir para o Nordeste.

Liberdade

Aos policiais, a mulher também alegou que a gravidez teria sido indesejada. Em seguida, foi encaminhada ao IML, onde a equipe médica constatou estado puerperal, período que vai do deslocamento e expulsão da placenta às condições anteriores da gravidez. A Justiça concedeu liberdade provisória, mediante uso da tornozeleira eletrônica. 

Segundo o delegado, a mulher tem outros dois filhos e é casada. "A juíza também determinou que ela não pode chegar perto dos outros dois filhos, já que existia o temor de que pudesse matá-los também", explicou. 

Nesta quinta-feira (5/3), a acusada foi submetida a um outro exame, em que ficou constatado que ela não estava em estado puerperal. "Agora, vamos colher novos depoimentos e temos 10 dias para concluir o inquérito e enviá-lo à Justiça", detalhou o investigador. 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags