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Pela manhã, alunos ficaram no escuro. Segundo CEB, universidade deve cerca de R$ 1,5 milhão

Correio Braziliense
postado em 12/03/2020 13:31
Aulas na UnB foram suspensas devido a falta de energiaEmbora o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), tenha decretado, na noite de quinta-feira (11/3) a suspensão, por cinco dias, de aulas em escolas e faculdades da rede pública e privada de ensino, a Universidade de Brasília (UnB) optou por manter o calendário acadêmico sem alterações.

Pela manhã, os corredores da universidade estavam repletos de estudantes. No entanto, algumas aulas acabaram suspensas, ou terminaram mais cedo. O motivo: falta de energia elétrica. Por volta das 9h, a Companhia Energética de Brasília (CEB) cortou a luz, alegando que a universidade não havia pago as contas.

Em nota oficial, a empresa afirmou que os débitos somam R$ 1,5 milhão. “A Companhia seguiu regiamente todos os procedimentos determinados pela Aneel, como o envio de notificação prévia com aviso de corte, conforme estabelece a Resolução nº414/10 da Autarquia reguladora.”

Segundo a CEB, as dívidas são relativas aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2019. “A Reitoria da Universidade entrou em contato com a Presidência da CEB e se comprometeu a realizar a quitação do débito ainda nesta quinta-feira, de maneira que o fornecimento de energia seja restabelecido tão logo o pagamento seja realizado.”

Em nota oficial, a administração da universidade se disse surpresa com o blackout. “As áreas técnicas foram inicialmente informadas de que a interrupção do fornecimento ocorreu devido à inadimplência em faturas referentes a outubro e novembro, que foram pagas parcialmente (mais de 90%). Nos dois casos, os empenhos foram feitos pela instituição, entretanto, os recursos (vindos de outros órgãos) não chegaram.”

Segundo a instituição de ensino, as faturas foram liquidadas pela manhã e não há débitos referentes a 2020. “Em diálogo direto da reitora, o presidente da CEB se comprometeu a religar a energia ainda no início desta tarde. UnB e CEB também estão em tratativas para aprimorar as rotinas operacionais do pagamento das contas, que seguem procedimentos usuais dos órgãos públicos.”

Aulas

A estudante de Letras Marina Fechina, 19 anos, teve a aula interrompida devido ao apagão. “À tarde, eu trabalho na Secretaria de Graduação e não sei como vai ser, porque lá também está sem energia”, pondera. 
Ela admite que a falta de luz foi o único empecilho para as aulas, e considera o decreto do governador um exagero. “Não tem embasamento teórico e científico para cancelar por cinco dias. Rio e São Paulo tem muito mais casos e o governo estadual não tomou medidas como as nossas, que eu acho incabíveis”, criticou. 
Maria Luisa de Sousa, 19 anos, também discorda da determinação dada pelo chefe do Buriti. “Se tantos órgãos falam que não precisa, é surto dele cancelar aulas. Suspender cinco dias vai mudar o quê? Vai acabar coronavírus?”
Por outro lado, há quem ache que a UnB deveria seguir a determinação publicada ontem no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). É o caso da aluna de Geologia Rebeca Freire, 20 anos. “Tinha que suspender. A UnB é muito grande, tem muita gente circulando aqui e várias pessoas viajaram nas férias”

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