Correio Braziliense
postado em 16/03/2020 16:03
O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, afirma que estuda a possibilidade de utilizar o Centro Administrativo do Distrito Federal (Centrad) e o Hospital da Polícia Militar para internação de pacientes com suspeita de coronavírus. A declaração foi feita na tarde desta segunda-feira (16/3), em entrevista ao ao CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília.
De acordo com Okumoto, os locais estão sendo analisados desde já, como forma de antecipação às situações de emergência na capital. “O governador Ibaneis está pedindo para que a gente esteja sempre à frente dos problemas. Por isso, pensamos que, para o futuro, se o DF tiver dificuldades, podemos montar leitos no Hospital da PM e no Centrad”, informou.
O secretário disse ainda que, nesta manhã, fez um estudo com pastas como a Vigilância Sanitária em Saúde no Centro Administrativo, para observar o ambiente e as possibilidades de uso. No hospital das forças de segurança, a dificuldade é o mobiliário, mas a estrutura dos 29 quartos e 22 leitos disponíveis está sendo analisada, segundo Okumoto.
Prevenção e pico da doença
O representante da saúde também foi questionado sobre a linha de aumento de casos confirmados de infecção pela Covid-19 no DF, e avaliou que este é o padrão para o momento. “Em 30 dias, devemos ter o pico da doença, por isso é tão importante ter vigilância em saúde. Observamos que nos outros países houve um crescimento muito rápido. Mas, quando a gente toma medidas como aquelas tomadas pelo GDF, de proibir aulas e aglomerações, por exemplo, isso diminui a possibilidade de transmissão”, diz.
Osnei Okumoto elogiou os decretos do governador explicando que, com eles, as contaminações devem acontecer em períodos mais longos, sem sobrecarregar o sistema de saúde com vários casos no mesmo intervalo de tempo.
“As pessoas não precisam ter pânico. Sabemos que 80% dos que vão adquirir o coronavírus não vão precisar de internação. Mas é hora de ter cuidado, evitar aglomerações, manter uma higiene constante das mãos e se manter atento, porque a gente até tem outros vírus respiratórios mais letais, mas eles têm vacinas, diferentemente da Covid-19”, explica.
Confira a íntegra da entrevista (vídeo):
Confira a íntegra da entrevista (podcast):
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