Cidades

Saúde orienta para contenção de coronavírus no Setor Hoteleiro

Infectologista respondeu dúvidas sobre procedimentos de limpeza e tratamento dos hóspedes suspeitos de contaminação

Correio Braziliense
postado em 18/03/2020 18:30
setor hoteleiroVital para o bom funcionamento do turismo e circulação de pessoas nas cidades, a rede hoteleira do Distrito Federal tem demandas importantes acerca dos riscos de transmissão da doença transmitida pelo novo coronavírus. Na tarde desta quarta-feira (19), o médico infectologista da Secretaria de Saúde Eduardo Hage esclareceu dúvidas do setor em conversa pela internet.

O especialista esclareceu dúvidas sobre arrumação dos quartos, como proceder em caso de clientes com sintomas de contaminação e resolveram se hospedar em um hotel, e até como deve ser a liberação de uma pessoa contaminada.

Procedimentos de limpeza

Segundo o infectologista, a rede hoteleira de Brasília tem uma situação particular. Muitas pessoas moram nos hotéis ou ficam neles por um longo período, porque sua residência permanente é em outro estado. Assim, pode acontecer de pessoas estarem em isolamento domiciliar, mas o domicílio será na rede hoteleira.
 
“Nessas situações, recomenda-se que os funcionários que venham a ter contato com os hóspedes ou seu ambiente de moradia utilizem máscara cirúrgica e luvas”, explicou Eduardo. O especialista orientou que os funcionários higienizem as mãos ao entrar e ao sair dos quartos. Importante destacar que a transmissão do vírus não acontece pelo ar, somente por contato direto, de modo que quem limpa o quarto não precisa ficar preocupado de pegar o vírus por estar nesse ambiente. 

Hóspedes com suspeita de infecção

As pessoas que foram confirmadas ou ainda estão como casos suspeitos devem ser mantidos no quarto pelo período de isolamento máximo de 14 dias. Nessas situações, os procedimentos a serem adotados pelos funcionários são os já seguidos pelos procedimentos de limpeza, afirma o especialista. Nesse caso, é importante tomar cuidado com o uso de alguns equipamentos de proteção individual, como máscara e luvas. “Caso algum funcionário venha a apresentar algum sintoma, seja síndrome gripal, tosse ou febre, ele deve procurar imediatamente um médico”, disse. 

Os funcionários que tiveram contato com esses pacientes, principalmente os considerados casos suspeitos ou confirmados, se não apresentam sintoma e tiveram esse contato de forma protegida, eles podem seguir trabalhando normalmente e ter o cuidado de observar o surgimento de sintomas. Caso apresente tosse, febre, dor de garganta, dificuldade de respirar, a indicação é procurar um médico e, aí sim, o afastamento até que o diagnóstico seja confirmado. A liberação de um paciente suspeito de estar com coronavírus é determinada pelo médico. Não compete à administração hoteleira ou aos funcionários definir esse período.

Resultado do exame

O paciente é obrigado a apresentar o resultado do exame apenas à autoridade sanitária. Por lei, nenhum outro ente ou entidade privado pode exigir este resultado, pois diz respeito a uma dado individual. 

Descarte de lixo

O infectologista recomenda que o lixo do banheiro seja incinerado para evitar que, ao sair do hotel, esse lixo seja manipulado por outras pessoas onde for depositado. “Isso é importante, porque o vírus pode permanecer de sete horas a alguns dias vivo”, explicou. 

Limpeza do quarto após saída do hóspede

As roupas de cama, travesseiros e fronhas devem ser lavados normalmente, com água e sabão. O único cuidado é que a lavagem seja feita separadamente das roupas de cama dos outros quartos. Para limpeza dos pisos, recomenda-se o uso de álcool e água sanitária na concentração adequada.

Com informações da Agência Brasília

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