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Em casos de suspeitas para Covid-19, a Secretaria de Saúde indica que a população entre em contato pelos números de emergência 190, 193 ou 199

Correio Braziliense
postado em 18/03/2020 19:44
[FOTO1]Tosse seca, febre e dificuldade de respirar. Os principais sintomas da Covid-19 devem ser examinados com atenção. Para evitar a propagação em massa, a Secretaria de Saúde orienta que quem apresentar qualquer indício da doença, e que tenha retornado de viagem de área afetada ou tenha tido contato com algum caso confirmado ou suspeito, ligue para o 190 (Polícia Militar), 193 (Corpo de Bombeiros) ou 199 (Defesa Civil) e informe a situação. De acordo com a pasta, o número do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs),  (61) 99221-9439, não está mais disponível para esclarecimentos da doença.
 
A recomendação para quem apresentar os sintomas, mas não tenha viajado ou tido contato com suspeitos, é de procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Por dia são realizados cerca de 100 exames para o diagnóstico do coronavírus (Covid-19), incluindo o painel viral e o kit. “Este último pode levar até 4 dias para sair o resultado. Os materiais dos testes estão sendo enviados pelo Ministério da Saúde de maneira gradativa e constante. As medidas a serem adotadas futuramente serão avaliadas conforme a evolução da doença”, afirmou a pasta em nota. 
 
Outra demanda da Secretaria de Saúde é em relação ao atendimento volante. A proposta visa encaminhar profissionais à casa de pessoas com suspeita do novo coronavírus, e que tenham voltado de viagem recentemente ou que tenham tido contato com algum caso suspeito ou confirmado para Covid-19. 

Cuidados

O Distrito Federal apresenta, até agora, 34 casos confirmados e 191 em investigação. O infectologista Guilherme Marreta aconselha as pessoas com suspeita de coronavírus esperarem o resultado em quarentena. “O coronavírus não tem remédio, é como as inúmeras outras infecções virais. A situação prevê repouso e hidratação”. De acordo com o médico, não é possível realizar testes para todas as pessoas do DF. “Não tem teste para todos, mesmo em laboratórios privados”, explica. Portanto, a recomendação é fazer os exames em caso de dois ou mais sintomas da doença. “Não procurar se o sintoma for brando”, alerta. A recomendação do profissional da saúde é a prevenção. “Lavar as mãos com água e sabão, usar álcool em gel e evitar contato com as pessoas”, informa. 

Excesso de demanda

A ex-deputada Maninha, em rede social, reclamou sobre a falta de auxílio no atendimento da neta. “Hoje, atendendo às recomendações da Secretaria de Saúde, liguei procurando atendimento para minha neta, portadora de asma , que teve contato com estrangeiros. Medicada por seu médico, foi orientada a fazer o teste para coronavírus. Procurou o Hospital Brasília que disse que só fará testes em pacientes internados. Retornamos, nos telefones anunciados pela Secretaria de Saúde. O primeiro, do Corpo de Bombeiros, me forneceu outro telefone. Nesse fui informada que os atendimentos domiciliares só serão feitos em casos graves. E no HRAN a informação é a mesma. Fui orientada a procurar uma UPA. Ou seja, o teste não foi feito, ela continua sob suspeita. E a informação que foi publicizada é que apenas 500 kits de testagem foram repassados ao GDF. Ora, as recomendações da OMS são que para controlar a pandemia é necessário o isolamento da população, a testagem massiva de todo e qualquer caso suspeito e uma estrutura de atendimento reforçada. E no país e no DF não estão sendo aplicadas essas recomendações. O isolamento ainda é é parcial, a testagem comprovadamente ineficiente e a estrutura do SUS sem reforço. Como imaginar as nossas populações vulneráveis sendo atingidas sem retaguarda. O caos!", afirmou. 

Em resposta, a Secretaria de Saúde informou que  os números de telefone  disponibilizados são para tirar dúvidas e encaminhamentos para exames dos casos que se enquadram como suspeitos. “O resultado dos exames estão disponíveis no portal da saúde (http://portaldeexames.saude.df.gov.br/lweb/), que é acessado pelo número SES e senha que recebe no momento da coleta de material, ou nos hospitais da rede”, acrescentou a pasta.  

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