postado em 18/03/2020 20:29
Tosse seca, febre e dificuldade de respirar. Os principais sintomas da Covid-19 devem ser examinados com atenção. Para evitar a propagação em massa, a Secretaria de Saúde orienta que quem apresentar qualquer indício da doença; tenha retornado de viagem de área afetada; ou tenha tido contato com algum caso confirmado ou suspeito, ligue para o 190 (Polícia Militar), 193 (Corpo de Bombeiros) ou 199 (Defesa Civil) e informe a situação.
De acordo com a pasta, o número do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), (61) 99221-9439, não está mais disponível para esclarecimentos da doença. A recomendação para quem apresentar os sintomas, mas não tenha viajado ou tido contato com suspeitos, é de procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.
Também estão atuando no combate à doença equipes de atendimento volante - profissionais de saúde que vão à casa de pessoas com suspeita do novo coronavírus e que tenham voltado de viagem recentemente, ou que tenham tido contato com algum caso suspeito ou confirmado para Covid-19. A demanda alta, no entanto, não tem permitido que todos os chamados sejam atendidos.
O infectologista Guilherme Marreta afirma que não é possível realizar testes para todas as pessoas do DF. “Não tem teste para todos, mesmo em laboratórios privados”, explica. Portanto, a recomendação é fazer os exames em caso de dois ou mais sintomas da doença e não procurar os sistemas de saúde, seja o público, seja o privado, se o sintoma for brando.
“O coronavírus não tem remédio, é como as inúmeras outras infecções virais. A situação prevê repouso e hidratação", reforça. Ele lembra ainda a importância de essas pessoas esperarem o resultado em quarentena. A recomendação do profissional da saúde é a prevenção. “Lavar as mãos com água e sabão, usar álcool em gel e evitar contato com as pessoas”, informa.
Por dia, são realizados cerca de 100 exames para o diagnóstico do coronavírus (Covid-19), incluindo o painel viral e o kit. “Este último pode levar até quatro dias para sair o resultado. Os materiais dos testes estão sendo enviados pelo Ministério da Saúde de maneira gradativa e constante. As medidas a serem adotadas futuramente serão avaliadas conforme a evolução da doença”, afirmou a pasta, em nota.
Excesso de demanda
Têm sido constantes as reclamações a respeito do atendimento pelos canais oficiais. A ex-deputada Maninha (PSol), postou relato em rede social reclamando da falta de kits para confirmar o diagnóstico. Ela procurou atendimento para a neta, portadora de asma e que teve contato com estrangeiros. Não conseguiu que o teste fosse feito em hospital privado e recorreu ao sistema público.
"Retornamos, nos telefones anunciados pela Secretaria de Saúde. O primeiro, do Corpo de Bombeiros, me forneceu outro telefone. Nesse fui informada que os atendimentos domiciliares só serão feitos em casos graves. E no Hran a informação é a mesma. Fui orientada a procurar uma UPA. Ou seja, o teste não foi feito, ela continua sob suspeita."
"O isolamento ainda é parcial, a testagem comprovadamente ineficiente e a estrutura do SUS sem reforço. Como imaginar as nossas populações vulneráveis sendo atingidas sem retaguarda. O caos!", continou no texto.
Em resposta, a Secretaria de Saúde informou que os números de telefone disponibilizados são para tirar dúvidas e encaminhamentos para exames dos casos que se enquadram como suspeitos.
Como combater a doença
1. Identifique os sintomas. São eles: tosse seca, febre e dificuldade de respirar.
2. Caso observe qualquer um deles, mantenha-se em isolamento e reforce hábitos de higiene.
3. Procure uma unidade de saúde apenas se os sintomas se agravarem.
4. O teste de coronavírus só é indicado para quem preencher requisitos avaliados pelo profissional de saúde.
5. Previna-se: lave as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos; use antisséptico de mãos à base de álcool gel 70%; cubra o nariz e a boca ao espirrar ou tossir; mantenha os ambientes bem ventilados e limpos; evite apertos de mão, abraços e beijos; não compartilhe objetos pessoais; evite tocar os olhos, boca ou nariz antes de higienizar as mãos.
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