A encenação da Via-Sacra no Morro da Capelinha, em Planaltina, será adiada, como medida de contenção da disseminação do novo coronavírus. O evento ocorre todos os anos, na Sexta-Feira da Paixão, que este ano cai em 10 de abril. Essa é a primeira vez em 40 anos que o espetáculo da Paixão de Cristo não ocorrerá na Semana Santa.
Os ensaios haviam sido suspensos em razão dos decretos editados pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que determinaram um conjunto de medidas de prevenção à Covid-19, entre elas, a proibição de eventos com a participação de mais de 100 pessoas. O Grupo Via-Sacra, responsável pela encenação, tem 1,4 mil integrantes. Desses, 1,1 mil são atores.
O evento, considerado a maior Via-Sacra do Brasil, reúne cerca de 100 mil pessoas a cada ano. Como a tendência é de aumento dos casos de infecção nos próximos meses, o grupo decidiu pelo adiamento. De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a epidemia pode durar entre quatro e cinco meses. A nova data ainda não foi definida.
Tradição
No passado, a organização do evento religioso estimou o público em mais de 100 mil fiéis. Centenas de voluntários trabalham todos os anos para fornecer comida, fazer a limpeza e dar todo o apoio necessário à produção durante mais de quatro horas de encenação.
Apesar de as encenações sempre narrarem a trajetória da condenação de Jesus até a crucificação, morte e ressurreição, todos os anos há um tema novo que permeia o espetáculo. Em 2019, o pano de fundo foi Pedro, o apóstolo cuja missão é edificar a igreja.
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