Cidades

Coronavírus: Sindicato pede fechamento de call centers no DF

O Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do DF (Sinttel) informou que há estabelecimentos com cerca de 300 funcionários funcionando sem obedecer as orientações do Ministério da Saúde

Correio Braziliense
postado em 20/03/2020 15:16
O Sinttel recebe diversas denúncias diariamenteDevido ao aumento de casos de coronavírus no Distrito Federalo Executivo publicou decreto suspendendo as atividades de shoppings, lojas de rua, bancos, academias, parques e casas noturnas. Entretanto, os call centers continuam abertos e, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do DF (Sinttel), coloca os trabalhadores em risco. Nessa quinta-feira (19/3), a entidade encaminhou ofício ao GDF pedindo o encerramento da prática na capital.  

De acordo com o diretor do Sinttel, Geraldo Estevão Coan, diversas denúncias chegam diariamente ao sindicato em relação à falta de amparo para os funcionários. “Tem empresas que reúnem de 200 a 300 pessoas em um lugar fechado, sem ventilação e com ar condicionado ligado. Eles trabalham perto um do outro, desobedecendo as orientações do Ministério da Saúde”, ressaltou.  

Geraldo frisou que esses trabalhadores precisam ser protegidos, e que o GDF deve se sensibilizar em relação a esse setor, como fez no comércio. “Estamos atirando para todos os lados. Precisamos amenizar a situação desses funcionários. Queremos que essa contaminação por coronavírus diminua no DF, e esses call centers podem se tornar um foco de contágio”, lamentou.  

O diretor ainda informou que, como sindicato, a entidade não pode determinar o fechamento dos estabelecimentos, e que eles dependem do Executivo para que essa medida entre em vigor. “Nossa orientação é de que os funcionários denunciem à Vigilância Sanitária e ao Ministério da Saúde qualquer tipo de irregularidade”, disse.  
 
Outra preocupação do sindicato é em relação aos trabalhadores que prestam assistência relacionadas a telefone e internet na casa de clientes. De acordo com Geraldo, eles também correm risco e, além disso, também podem acabar transmitindo a doença. "Essa é outra demanda nossa, que nos deixa preocupados. Estamos avaliando essa questão", reforçou. 

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