Cidades

Cemitérios do DF não poderão fazer velório de vítimas da Covid-19

Pacientes que morrerem devido à contaminação pelo coronavírus serão sepultados sem velório no Campo da Esperança. Medida faz parte de recomendações emitidas pela Secretaria de Justiça e Cidadania, além da pasta da Saúde

Os seis cemitérios do Distrito Federal, administrados pela Campo da Esperança Serviços Ltda., adotaram protocolos específicos para evitar a aglomeração de pessoas e evitar mais casos de transmissão do novo coronavírus. Uma das medidas prevê que pacientes que morrerem em decorrência da doença causada pelo micro-organismo, a Covid-19, não poderão ter cerimônia de velório nas unidades do DF, apenas o sepultamento, em atendimento a protocolo definido por órgãos do Executivo local.

A empresa divulgou um ofício que, entre outras medidas, estabelece que os demais velórios não poderão durar mais do que duas horas — além dos 30 minutos previstos para o cortejo — e que as capelas não poderão ter mais do que 10 pessoas ao mesmo tempo. A fiscalização e o controle desses cuidados ficam por conta das próprias famílias. As medidas, adotadas desde terça-feira (17/3) foram aprovadas pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus).

As informações são repassadas no momento de contratação dos serviços cemiteriais e estão dispostas em cartazes nas capelas. Além disso, a importância da higienização tem sido reforçada entre funcionários da empresa. “Por se tratar de um serviço essencial, a concessionária não pode reduzir a quantidade de funcionários nos turnos, principalmente dos sepultadores. Parte da equipe da área administrativa, porém, está cumprindo a jornada de trabalho em casa”, informa ofício da Campo da Esperança Serviços Ltda.

A firma diz que ainda não houve aumento da demanda por sepultamentos em virtude do novo coronavírus. No entanto, ações futuras, se necessárias, serão estudadas com o GDF. A Secretaria de Saúde (SES-DF) comunicou que as medidas envolvendo o sepultamento de vítimas da Covid-19 devem ser detalhadas pela Sejus. 

A pasta da Justiça e Cidadania confirmou a informação e explicou que o protocolo surgiu após reunião de um grupo de trabalho composto por representantes de órgãos como Sejus, SES-DF, Defesa Civil, Anvisa, além de infectologistas. "O objetivo é que tanto a área cemiterial como a funerária possam praticar medidas para a diminuição dos efeitos colaterais dessa pandemia. O protocolo está em fase de revisão e deverá ser publicado nos próximos dias no Diário Oficial do Distrito Federal", completou a secretaria.