Correio Braziliense
postado em 24/03/2020 20:26
A Polícia Civil deflagrou, na tarde desta terça-feira (24/3), operação Mau Negócio, e apreendeu 588 unidades de álcool em gel falsificados em dois estabelecimentos comerciais da capital. Por meio de denúncia anônima, agentes da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) chegaram a uma loja da 512 Sul e confirmaram venda ilegal de frascos de álcool em gel. Os produtos não tinham registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, portanto, não poderiam ser comercializados.
No estabelecimento foram encontradas 26 caixas do produto guardadas em depósito para comercialização. Cada caixa continha 26 unidades. O proprietário do estabelecimento tinha outras duas lojas, uma na 504 Sul e outra em Vicente Pires. Nesta última, foram encontradas mais 23 caixas, com 12 unidades cada. Todos os fracos encontrados foram apreendidos.
Aos policiais, o proprietário negou ter conhecimento da origem clandestina do produto e afirmou ter adquirido de um antigo fornecedor. Os agentes checaram o endereço do fabricante informado nas notas fiscais dos produtos, onde foi localizada uma vidraçaria. Segundo informações, o fabricante dos frascos irregulares foi preso pela Polícia Civil de Goiás, em Valparaíso. A investigação prossegue para confirmar se os produtos foram realmente fabricados pelo distribuidor.
A versão do comerciante será apurada e, caso seja comprovado que ele agiu de má-fé, poderá ser indiciado por venda de produto saneante sem registro na Vigilância Sanitária, crime considerado hediondo, e estar sujeito à pena de 10 a 15 anos de prisão. Caso tenha agido com culpa (imprudência, negligência ou imperícia) poderá responder pela modalidade culposa e estar sujeito a uma pena de um a três anos de prisão.
Prejuízo
De acordo com a Polícia Civil, o comerciante vendeu, apenas na segunda-feira (23/3), 51 caixas de álcool em gel falsificado, cada unidade por R$ 29. Os agentes solicitam que os consumidores que adquiriram os produtos os levem para 1ª Delegacia de Polícia e que solicitem a devolução do valor pago ao comerciante. O homem comprou 1.200 caixas do produto da distribuidora, pelo valor de R$ 136.000. Ele pagou R$ 14 por unidade.
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