Cidades

Enterros não terão velórios

A concessionária Campo da Esperança Serviços Ltda., administradora de seis cemitérios do DF, vai permitir o sepultamento de vítimas das Covid-19, mas sem a cerimônia de despedia . Objetivo é evitar a disseminação do novo coronavírus

Correio Braziliense
postado em 25/03/2020 04:37
Homenagens serão limitadas a duas horas, além de 30 minutos do cortejo


Os pacientes que morrerem em decorrência da Covid-19 não poderão ter cerimônia de velório nos cemitérios do Distrito Federal, apenas o sepultamento, em atendimento a protocolo de órgãos do Governo do DF. A decisão foi adotada pelo Campo da Esperança Serviços Ltda., — entidade que administra as seis unidades do DF —, para evitar mais casos de transmissão do novo coronavírus.

O ofício divulgado pela empresa estabelece ainda que, no caso de pessoas que morreram devido a outras causas, os velórios sejam limitados a duas horas — além dos 30 minutos do cortejo —, e que as capelas não poderão ter mais do que 10 pessoas ao mesmo tempo, durante a pandemia do coronavírus. A fiscalização e o controle desses cuidados ficam por conta das próprias famílias. As medidas, adotadas desde ontem, foram aprovadas pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus).

As orientações são dadas no momento da contratação dos serviços cemiteriais e há cartazes nas capelas alertando para a necessidade de afastamento entre as pessoas. A empresa esclareceu, por nota oficial, que tem reforçado a higienização nos locais e orientado os funcionários a utilizarem equipamentos de segurança como forma de evitar contato com o coronavírus. “Por se tratar de um serviço essencial, a concessionária não pode reduzir a quantidade de funcionários nos turnos, principalmente os sepultadores”. Contudo, outra parte da equipe da área administrativa cumpre a jornada de trabalho em casa.

De acordo com a concessionária, ainda que não haja aumento da demanda por sepultamentos em virtude do vírus e que, medidas futuras, se necessárias, serão estudadas juntamente com o Executivo local.

Coleta

Os catadores de materiais recicláveis do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) deverão receber benefícios pelo GDF. A medida estava prevista para sair ontem no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), em edição extra, mas até o fechamento desta edição não havia sido publicada. Proposta pelo secretário de Economia, André Clemente, a decisão prevê que o SLU cadastre os trabalhadores no Programa de Bolsas da Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes) para receberem os auxílios.

Em razão das medidas do Plano de Contingência à Covid-19, os catadores estão afastados do serviço de coleta seletiva de resíduos sólidos recicláveis, do recebimento e da triagem. “A interrupção das atividades gera impactos negativos a essa categoria. Dessa forma, torna-se imperiosa a inclusão deles em programa social gerido pela Sedes, de modo a lhes garantir os direitos fundamentais de cidadania e evitar o aumento da extrema pobreza no DF”, argumentou André Clemente.

Na noite de ontem, Ibaneis Rocha exonerou o então presidente do SLU, Felix Angelo Palazzo, do cargo e nomeou Edson Gonçalves Duarte. Felix é ex-subprocurador e assumiu o comando em dezembro de 2018.

Fiscalização

A Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa) intensificou as fiscalizações em estabelecimentos que estão funcionando, como supermercados, padarias, farmácias e serviços de delivery. As denúncias de aglomerações de pessoas, falta de higienização e má manipulação de alimentos motivaram a ação.

Desde a publicação da última quinta-feira, o comércio está proibido de abrir as portas, salvo os serviços essenciais. Os comerciantes que descumprirem a ordem de fechar os estabelecimentos serão penalizados com multa que pode variar de R$ 3,5 mil a 
R$ 12 mil. Além disso, o proprietário será encaminhado à delegacia, acompanhado de um agente da Vigilância Sanitária em Saúde, por crime contra a saúde pública. Os infratores terão a licença de funcionamento cassada. Até o fechamento desta edição, 3,5 mil estabelecimentos comerciais haviam sido interditados.

A Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) divulgou uma lista detalhada dos estabelecimentos que poderão continuar abertos.

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