Correio Braziliense
postado em 26/03/2020 04:17
A Secretaria da Mulher do Distrito Federal lançou campanha para que as mulheres que sofrem violência doméstica e familiar não fiquem desassistidas durante o período de quarentena. O slogan “Mulher, você não está só” foi lançado na manhã de ontem, com o objetivo de conscientizar as vítimas de que os serviços de proteção não pararam em decorrência do isolamento social, mas sofreram alterações no funcionamento.
“Estamos vivendo um período diferente, que pode agravar a situação de vulnerabilidade dessa vítima. Elas estão afastadas das redes de proteção próprias, então, precisam saber que os atendimentos estão funcionando. Inclusive, de forma remota”, ressaltou a titular da pasta, Ericka Filippelli.
A mulher em situação de vulnerabilidade pode continuar contando com os canais conhecidos de denúncia, como o Disque 180. Neste telefone, terá orientações sobre como agir. Os números para acionar as polícias Militar e Civil também continuam funcionando normalmente (veja quadro).
Os Núcleos de Atendimento às Famílias e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavd) estão com restrições da entrada do público nas sedes do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT). Portanto, o atendimento é feito por telefone funcional. Os servidores só poderão acessar às dependências para os atendimentos individuais em casos de urgência.
O Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa da Mulher (Nudem), da Defensoria Pública do Distrito Federal, também realiza os atendimentos de forma remota, por meio de ligação, WhatsApp ou e-mail. O atendimento presencial só ocorre em casos excepcionais. As vítimas que já são assistidas pela pasta estão sendo acompanhadas pelos servidores.
Os Centros Especializados de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência (CEAMs) continuam com os atendimentos presenciais, mas com redução no horário: das 10h às 16h30, na Estação de Metrô 102 Sul, em Ceilândia e em Planaltina. A Casa Abrigo também funciona normalmente. Para ter acesso ao serviço, a vítima deve registrar um boletim de ocorrência em qualquer delegacia. Podem ficar hospedados no local as vítimas e os filhos — meninos até 12 anos e, meninas, até 18.
Os registros de ocorrências de violência doméstica devem ser realizados pessoalmente, conforme orientação da Secretaria de Segurança Pública, isso porque, na maioria dos casos, as vítimas necessitam fazer exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML). O funcionamento continua ininterrupto nas delegacias regionais e na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).
Para prosseguir com os atendimentos presenciais, a Polícia Civil adotou medidas para proteger a população, servidores públicos e demais funcionários da contaminação pela Covid-19. Há a distribuição de álcool em gel, luvas e máscaras para os agentes. Nas recepções e balcões, adotou-se a distância mínima de dois metros para a realização dos atendimentos.
Busque ajuda
Por telefone
» 190 — Polícia Militar
» 197 — Polícia Civil
» Disque 100 — Ministério dos Direitos Humanos
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)
» Endereço: Entrequadra 204/205 Sul
» Atendimento presencial, 24 horas por dia
» Telefone: (61) 3207-6172
Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa da Mulher (Nudem)
» Telefone e WhatsApp: 999359-0032
» E-mail: najmulher@defensoria.df.gov.br
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