Cidades

Coronavírus: Correio Braziliense reforça cuidados de higiene

Precauções vão desde a impressão até a entrega. Pesquisas mostram que, além de ser um dos meios considerados mais confiáveis para se informar, não há registros no mundo de transmissão do coronavírus a partir do contato com jornais

Correio Braziliense
postado em 27/03/2020 06:00
uma mesa com jornaisInformações apuradas e conteúdo de qualidade. Há seis décadas, o Correio Braziliense faz parte da vida da capital federal, levando, diariamente, as notícias mais importantes do Brasil e do mundo. Em meio à crise causada pela pandemia do coronavírus, saber tudo o que acontece é mais importante do que nunca. Pesquisa do Datafolha, feita de 18 a 20 de março, mostrou que as plataformas que os brasileiros mais confiam para se informar sobre a pandemia causada pelo coronavírus são os programas jornalísticos da televisão (61%) e jornais impressos (56%).

Além do cuidado em veicular informações confiáveis e checadas pela equipe de reportagem, o jornal que nasceu com a cidade está preocupado com a segurança de leitores e dos funcionários. Por esse motivo, reforçou as medidas de higienização desde a impressão até a distribuição dos exemplares. Não há, no mundo, um único caso documentado de transmissão a partir do contato com jornais, revistas, cartas, pacotes ou qualquer outra superfície impressa. Mesmo assim, a Associação Internacional de Mídias de Notícias (INMA, na sigla em inglês) recebeu diversos questionamentos e reuniu uma série de informações de órgãos competentes que comprovam a segurança do meio de comunicação.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é seguro receber encomendas mesmo de áreas onde houve registros de infecção por Covid-19. Um estudo feito nos Estados Unidos pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH), Universidade de Princeton e Centro de Controle de Doenças (CDC) analisou a estabilidade do vírus em diferentes superfícies. Os testes concluíram que os menores níveis de transmissão estão em papelão e cobre. Em papéis de jornal, onde a porosidade é muito maior, os cientistas presumem que o tempo de vida do micro-organismo seja ainda menor.

No Correio, com o objetivo de evitar qualquer risco, depois que as matérias são produzidas pelos repórteres, editadas e diagramadas, as páginas, em formato digital, passam para a impressão no parque gráfico, na sede do Correio, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). O papel vem do Paraná, e é produzido em processo totalmente automatizado, em altas temperaturas, sem risco de contaminação. José Augusto Barbosa, gerente industrial, explica que o material vem enrolado e envolto em uma espécie de papelão, que é jogado fora.

Depois disso, os funcionários só terão contato com a parte externa das bobinas, que pesam cerca de uma tonelada. “Mas as camadas externas do papel são consumidas no ajuste da rodada (do jornal). Ele não vai para a rua porque é usado apenas para o acerto de máquina. Depois que o jornal está bom para circulação, não tem mais contato com o ser humano durante a impressão”, garante. Mesmo assim, os trabalhadores estão equipados com máscaras e higienizam as mãos regularmente com água e sabão ou álcool.

Uma vez impresso e cortado, o Correio segue para o setor de expedição, onde é feito o encarte. Lá, mais precauções. O superintendente de Logística da empresa, Possidônio Meireles, destaca que todos os funcionários dos grupos de risco da doença foram afastados, assim como quem manifestou sintomas gripais. “Colocamos o uso contínuo, durante toda a operação, de máscaras e luvas, além da limpeza com álcool em gel”, destaca.

Depois disso, é feito o empacotamento. “Daí para a frente, os pacotes são colocados nos veículos pelo mesmo pessoal, usando a proteção. O jornal sai do Correio protegido, nosso objetivo é esse”, garante.

Distribuição
A atenção também é redobrada na hora de distribuir as edições. Antes disso, cautela na hora de colocar os exemplares nos veículos. Motos e carros são higienizados todos os dias antes de receberem o material. Motoristas e pilotos fazem uso contínuo de álcool em gel.

Alex Maia, supervisor de Transporte da empresa, explica que as chaves de todos os veículos também são higienizadas diariamente, e os carros e motos passam por uma lavagem completa duas vezes por semana. “Foram instalados recipientes com álcool em gel nos locais onde é feito o encarte dos jornais e nas baias de onde eles são embarcados nos veículos.”

Os funcionários também receberam normas mais específicas. Motoristas usam álcool em gel antes de iniciarem as rotas de entrega e não entram em contato com os demais trabalhadores. “Os motociclistas, por sua vez, também são orientados a se prevenirem ensacando os exemplares antes de entregá-los ao leitor e mantendo a higiene das mãos nesse processo.”

Proteção

Saiba Mais

Desde o início da pandemia, o Correio está preocupado com funcionários, mas também com os leitores, tomando precauções nas três fases de produção: impressão, encarte e distribuição, como ressalta Cristiano Laquis, gerente de Circulação. “A gente vem aperfeiçoando esses processos, disponibilizando equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas e máscaras, mas também com orientação.”

Ele destaca que o intuito é levar tranquilidade ao leitor. “Em momento algum tivemos resistência das nossas equipes, até porque eles também querem estar protegidos.” Por esse motivo, os atendimentos presenciais estão suspensos. Mas, quem precisar entrar em contato, pode fazer isso pelo telefone 3342-1000.

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