Cidades

GDF flexibiliza comércio

Correio Braziliense
postado em 28/03/2020 04:05
O governador Ibaneis Rocha (MDB) alterou decreto em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), liberando o funcionamento de lojas de conveniência, lotéricas e correspondentes bancários. O chefe do Palácio do Buriti começou a flexibilizar as medidas de restrição após o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), adotar o discurso de retomada da atividade comercial no país para evitar prejuízos à economia.

De acordo com a medida estabelecida por Ibaneis, os estabelecimentos liberados para funcionar não podem permitir consumo de produtos no local. Ontem, o governador anunciou, pela manhã, a reabertura dessas lojas, mas, voltou atrás quando soube que o número de casos confirmados da doença no DF havia saltado para 240. O emedebista ainda informou que aguardaria o resultado de novos testes da Covid-19 para decidir sobre a flexibilização das medidas de isolamento. Entretanto, à noite, ocorreu a liberação.

Nos últimos dias, Bolsonaro adotou discurso de que a população precisa retornar aos postos de trabalho em prol da economia do país. Ontem, na saída do Palácio da Alvorada, o presidente voltou a criticar os governadores e prefeitos que adotaram medidas de restrições e disse que eles terão que arcar com os encargos trabalhistas dos brasileiros que tiverem estabelecimentos fechados. Desde o início das investidas de Bolsonaro, Ibaneis defende que “não é hora de politizar ou polemizar”, e garante que as restrições na cidade permanecerão pelo tempo necessário.

Apesar dos alertas para evitar aglomerações e para que as pessoas se mantenham em casa, apoiadores de Bolsonaro se reuniram no Eixo Monumental para pedir a volta de todas atividades no DF. Com faixas, eles desejaram “força” ao presidente, e queriam a derrubada dos decretos de restrições assinados por Ibaneis. Segundo informações da Polícia Militar, havia uma pequena quantidade de veículos em frente ao Palácio do Buriti, acompanhados pelo Batalhão de Trânsito e que não causaram “qualquer tipo de transtorno para a circulação veicular”.

Em 13 de março, o Governo do Distrito Federal (GDF) decidiu pela suspensão das aulas em escolas e faculdades, públicas e privadas, da capital, devido aos casos de coronavírus. A partir de então, uma série de medidas entrou em vigor. O Executivo local decidiu pela interrupção de toda atividade comercial, funcionamento de agências bancárias e celebração de cultos religiosos e missas. Apenas serviços considerados essenciais, como mercados, farmácias e padarias, continuam abertos.


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