Correio Braziliense
postado em 30/03/2020 04:25
Visando reforçar o combate à disseminação do novo coronavírus, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) irá adquirir mais álcool em gel, testes rápidos para detecção da Covid-19 e ventiladores pulmonares. Além disso, a pasta irá contratar uma empresa especializada em remoção, com ambulância, de pacientes. As ações serão realizadas de forma emergencial e o valor total investido será de aproximadamente R$ 56 milhões.
Pela situação de emergência em saúde, os insumos e serviços serão adquiridos com dispensa de licitação. A SES-DF detalhou o que será obtido: 30 mil unidades de álcool em gel de 100ml e 500ml; 300 mil testes rápidos para a Covid-19; 300 ventiladores pulmonares para os principais hospitais da rede pública; contratação da empresa que reforçará os atendimentos com sete ambulâncias, que estarão de pronto aviso nas regionais de saúde para realizar o transporte de pacientes.
O secretário de Saúde, Francisco Araújo, destacou a importância do investimento realizado no combate ao novo coronavírus. “A Secretaria de Saúde não vai medir esforços para garantir os insumos e equipamentos necessários para os nossos profissionais terem à disposição e atenderem os pacientes. Com essas atitudes, evitaremos aqui o que está acontecendo em outros locais do mundo”, destacou o titular da pasta.
A SES-DF receberá propostas até às 15h de 1° de abril para adquirir álcool em gel e testes rápidos da Covid-19. No caso dos ventiladores pulmonares e da contratação de ambulâncias, o prazo será até às 15h do dia 2 de abril. As propostas devem ser enviadas pelo e-mail dispensadelicitacao.sesdf@gmail.com. Empresas interessadas devem solicitar o ofício de convocação e o projeto básico no mesmo endereço. Elas serão classificadas conforme critérios de menor preço por item, observados os requisitos de segurança tanto para os usuários quanto para os profissionais de saúde.
Limpeza no metrô
A Estação Central do Metrô, localizada na Rodoviária do Plano Piloto, recebeu uma desinfecção geral entre a noite de sábado e a madrugada de ontem. A operação, uma parceria do Exército Brasileiro com a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), é uma das ações preventivas para evitar o contágio por coronavírus. Militares do Comando de Operações Especiais borrifaram 120 litros de material de limpeza à base de cloro nas escadas, corrimãos, bloqueios, caixas eletrônicos e outras instalações.
O trabalho teve início às 23h de sábado e contou com 16 militares da Companhia de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear do Exército Brasileiro. De acordo com o presidente do Metrô-DF, Handerson Cabral, a iniciativa é uma forma de garantir a saúde da população do DF. “Foi uma ação de suma importância para que a comunidade do Distrito Federal tenha toda segurança de que a direção do Metrô-DF e o Governo do Distrito Federal estão trabalhando incansavelmente para garantir saúde e segurança dos nossos usuários e servidores”, destacou.
De acordo com o Metrô-DF, a higienização dos trens e das estações foi intensificada desde o último dia 11, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia de coronavírus. Os trens passaram a circular com as janelas abertas para melhor ventilação. O sistema de som das estações e dos trens passaram a informar os usuários sobre os cuidados e a prevenção à Covid-19. Também é realizada higienização entre viagens na Estação Central e nos terminais de Ceilândia e Samambaia, com álcool 70%, sobretudo nas estruturas metálicas, cadeiras, corrimãos e bilheterias. Outra medida foi a redução do número de passageiros. Na última semana, o metrô circulou com 83% de usuários a menos do que o registrado em dias normais.
- Inspeção no Mané Garrincha
Hoje de manhã, profissionais da SES-DF realizarão visita técnica no Estádio Nacional de Brasília, onde haverá a instalação hospitalar de leitos de retaguarda, que reforçarão o combate à pandemia. - Morte de indígena
Na sexta-feira, a SES-DF divulgou que a primeira morte pelo coronavírus seria do indígena Israel Tiago Martins, 40 anos. O matogrossense residia no Distrito Federal desde janeiro de 2019, quando deixou o município paulista de São Carlos. Ele residia no assentamento Rota do Cavalo, entre o Paranoá e Sobradinho. Israel deu entrada na UPA de Sobradinho 2, com quadro de desconforto respiratório e febre. O caso progrediu para síndrome respiratória grave. Quando ele morreu, indicou-se a suspeita pela Covid-19 no atestado de óbito. De acordo com a secretaria, a confusão sobre a causa da morte ocorreu por isso. No sábado, o exame definitivo para a doença, realizado pelo Laboratório Central (Lacen), deu negativo para SAR-COV2. Portanto, até sábado, não havia nenhum óbito por coronavírus na capital federal.
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