Correio Braziliense
postado em 30/03/2020 15:40
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal estuda a possibilidade de testar de forma massiva a população da capital com suspeita de coronavírus, inclusive com sistema de drive-thru. A informação foi dada pelo secretário-adjunto de assistência da Secretaria de Saúde do DF, Ricardo Tavares, em entrevista ao CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília.
Para Ricardo, é necessário seguir a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que ressaltou nos últimos dias a importância de realizar exames de forma ampla. “Estamos adquirindo testes rápidos, com a possibilidade até de fazer um sistema de drive-thru com pacientes suspeitos. Porque é importante ter essas estatísticas, de quantas pessoas são, a localização delas, para ver onde vamos atuar de forma mais enfática”, afirmou.
O secretário-adjunto também detalhou como são os exames. “O teste mais recomendado hoje é o PCR do coronavírus. Só que ele depende de carga viral para dar resultado. Por exemplo, se eu me infectei hoje, não adianta colher hoje ou daqui a 15 dias que ele dará negativo. Diferentemente dos testes rápidos. Quando se dosa anticorpo, se tem certeza se a pessoa foi infectada ou não. Se der um IGM positivo, por exemplo, que é um tipo de anticorpo, a pessoa está na fase aguda da doença. Se deu IGG, significa que ela já teve a doença”, detalha.
Isolamento social
Durante a entrevista, Ricardo Tavares também comentou sobre o isolamento social no DF, que foi uma das primeiras unidades da Federação a ter decretos de fechamento de comércios, escolas, shoppings e outros serviços. O secretário-adjunto ressaltou a importância da colaboração da sociedade neste momento e adiantou que a capital pode ficar ainda mais tempo com os decretos em vigor.
“Espero que as pessoas tenham consciência, independentemente de ideologia partidária. Vamos seguir as recomendações dos órgãos da saúde. Teoricamente, os decretos vão até 5 de abril, mas o próprio texto diz que ele pode ser prorrogado. Então, é provável que se prorrogue mais. Como médico, acho que não custava nada a população ficar mais reclusa até a Semana Santa”, disse Ricardo.
Confira a íntegra da entrevista
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