Cidades

Sobe e desce no comércio

Correio Braziliense
postado em 01/04/2020 04:35
Com o aumento do período de isolamento, entidades ligadas ao comércio preveem um cenário precário para grandes e pequenos empresários. Jael Silva, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar), informou ao Correio que, desde 14 de março, quando começaram as medidas de restrição no Distrito Federal, houve 6,8 mil demissões no setor e 101 empresas garantiram que não vão mais abrir as portas.

“No início, quando começou a restrição (para afastamento) das mesas, tivemos declínio no faturamento de 60% a 70%. Agora, com tudo fechado, demissões e falências devem aumentar exponencialmente”, afirmou Jael. Ele considera que o ideal seria flexibilizar as medidas de quarentena, a depender da evolução do coronavírus na cidade. “Temos de pensar em uma estratégia de abertura com responsabilidade e segurança. Porém, a doença precisa estar sob um determinado controle para que isso aconteça”.

Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-DF), Francisco Maia, a extensão do isolamento era esperada, pois a capital é uma das regiões do país com maior incidência da doença. “Os empresários estão entendendo isso agora, porém, tivemos muita dificuldade para explicar o cenário no começo”, observou.

Francisco acrescentou que o empresariado tem recorrido a empréstimos e prorrogado o pagamento de impostos, o que segura o orçamento por enquanto. Entretanto, o comércio teve prejuízo de R$ 350 milhões em março. “A estimativa é de que a queda continue por até 90 dias. Mesmo que os estabelecimentos possam reabrir, não quer dizer que eles terão condições de começar a funcionar no mesmo dia”, frisou. Em relação aos hotéis, o presidente da Fecomércio-DF comentou que o ramo, apesar de não ter restrições, sofre bastante com a crise. “Temos 19 mil leitos no Distrito Federal. Esta semana, ocorreram cerca de 70 reservas”, comentou.

Abastecimento
Após a correria a supermercados de famílias que decidiram estocar alimentos, o Sindicato dos Supermercados (Sindsuper-DF) informou que não há problemas de desabastecimento na capital federal. No entanto, alguns itens, como álcool em gel, continuam em falta. “Tivemos alguma dificuldade no começo devido a alguns excessos, exageros, desinformação. Isso fez com que tivéssemos dificuldade na chegada de alguns produtos. Depois, (a situação) estabilizou”, disse Jefferson Macedo, diretor administrativo da entidade.

O gás de cozinha ainda passa por escassez no fornecimento devido à alta procura nas últimas semanas. Mesmo com a pandemia, o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de Gás LP (Sindvargas), Sérgio Costa, destacou não ser necessário estocar o item. “Estamos dando continuidade ao abastecimento nas distribuidoras. Várias delas estavam sem gás no DF desde a semana passada, por isso, algumas estavam revendendo produtos racionados”, acrescentou. (JF e WG)




Avanço

Casos confirmados:
333

Mortes: 3

Hospitalizados:
40 (sendo 30 na UTI)

Maior incidência (nº de casos)

Plano Piloto: 99

Lago Sul: 55

Águas Claras: 34




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