Correio Braziliense
postado em 02/04/2020 04:06
É importante ressaltar que as máscaras feitas de tecido como o tricoline não retém o novo coronavírus, de acordo com especialistas e infectologistas. Esses produtos servem apenas como uma barreira física para quem está resfriado ou gripado. No HUB, o material arrecadado está sendo utilizado para os acompanhantes e pacientes com síndrome gripal leve. Aos profissionais de saúde e nos casos suspeitos e confirmados da Covid-19, são ofertados as máscaras cirúrgicas descartáveis com filtro bactericida e atestadas pela Anvisa.
A infectologista Valéria Paes orienta que a população não compre máscaras de forma desnecessária. “Se todo mundo comprar, mesmo sem ter necessidade, quem precisa não vai ter acesso. E isso atrapalha”, ressalta. De acordo com ela, a melhor forma de prevenção é ficar em casa e higienizar as mãos e objetos da forma correta. “A máscara por si só não protege. Porque se uma pessoa tosse ou espirra perto de quem está com a máscara, o vírus pode entrar em contato com os olhos, por exemplo. O ideal é que ela seja utilizada por pacientes e pelos profissionais que estão ali atuando de forma contínua, que não podem adoecer”.
Valéria ainda alerta sobre os cuidados para a utilização das máscaras de tecido. “Elas podem dar uma falsa sensação de proteção. É preciso continuar com a assepsia das mãos. E não permanecer com a máscara durante muito tempo, pois ela fica úmida e vira um ambiente propício para o vírus”, recomenda.
Produto específico
De acordo com as orientações da Anvisa, as máscaras cirúrgicas descartáveis que os profissionais de saúde devem usar precisam ter três camada: duas de TNT (tecido não tecido) e uma com filtro bacteriológico superior a 98%. Para esses profissionais, não é permitida a confecção de máscaras com tecido de algodão, tricoline ou outros materiais que não sejam de uso odonto-médico-hospitalar.
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