Cidades

Coronavírus: MPDFT adota medidas para reduzir impacto no sistema carcerário

Entre as ações estão a suspensão dos trabalhos externos dos detentos no semiaberto e a progressão de pena do regime aberto aos presos que já teriam direito ao benefício

Correio Braziliense
postado em 02/04/2020 16:33
Medidas têm como objetivo o controle do contágio no sistema carcerárioO Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio do Núcleo de Controle e Fiscalização Prisional (Nupri), continua adotando medidas para conter a contaminação pelo novo coronavírus dentro do sistema carcerário da capital federal. Entre as ações publicadas pelo órgão nesta quinta-feira (2/4) está a concessão de liberdade a detentos, conforme análise de cada caso. 

Segundo a promotora de Justiça Cláudia Tomelin, do Nupri, os cuidados tomados são para garantir a saúde dos presos, de seus familiares e, principalmente, da população do DF durante esta pandemia. “Nós, do Ministério Público, solicitamos à Vara de Execuções Penais (VEP) a suspensão do trabalho externo e das saídas temporárias dos presos que cumprem pena no regime semiaberto. A ideia é reduzir os riscos de que alguém possa levar o coronavírus para dentro dos presídios”, explica. 

A magistrada também destaca que os presos não serão prejudicados pelas medidas adotadas para conter a disseminação da doença. “Nós solicitamos que a redução da pena, por meio do trabalho, seja mantida, já que a medida foi suspensa por força maior”, esclarece. 

Soltura dos presos

A promotora Cláudia Tomelin destaca que, entre as medidas, está a progressão antecipada para o regime aberto àqueles que teriam o direito ao benefício nos próximos quatro meses. “É importante destacar que o Ministério Público se preocupa muito com os efeitos de eventual soltura generalizada dos presos, porque isso pode gerar insegurança para a população. Uma vez soltos, não há garantia de que eles cumpram o isolamento social. Além do mais, é necessário preparar esses presos para o convívio com a sociedade. Sem isso, há sérios riscos para a segurança da população do Distrito Federal”, acrescenta. 

Visando manter a segurança da população da capital federal, a concessão do regime domiciliar será por meio de análise de cada caso, isoladamente. “Ou seja, de acordo com o comportamento do preso e desde que ele não represente risco para a sociedade”, afirmou. A promotora também frisa que ainda não há casos comprovados de coronavírus no sistema prisional do DF.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags