Homem é preso após atirar contra porta de quarto onde companheira estava

Policiais Militares foram até o local. Mulher estava trancada, em um dos cômodos do apartamento, com medo de sair. Ela disse ter ouvido quatro disparos. Cápsulas foram encontradas pela PMDF

Correio Braziliense

postado em 07/04/2020 09:25

Um homem foi preso, na madrugada desta terça-feira (7/4), após atirar diversas vezes contra a porta do quarto onde sua companheira estava. O caso aconteceu na QI 27 do Guará 2.

Policiais Militares receberam, por meio do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), a informação de que um homem armado e com sintomas de embriaguez entrou no prédio. Ao chegarem no local, moradores relataram terem ouvido sons de disparos vindos de um apartamento.

Ao descobrirem de qual unidade se tratava, os policiais bateram na porta e foram atendidos por um homem. Ele foi abordado e mostrou que a arma estava em cima do sofá, com três carregadores e dezesseis munições. 

A companheira dele estava trancada, em um dos cômodos do apartamento, com medo de sair. Ela disse aos policiais ter ouvido quatro tiros. Os militares encontraram as quatro cápsulas de munições.  

A mulher foi retirada do quarto em segurança. Ela e o homem foram encaminhados à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), onde foi registrada ocorrência de disparo de arma de fogo.

 

Isolamento

Com o isolamento social adotado para prevenir a contaminação pela Covid-19, o enfrentamento à violência doméstica e familiar exige ainda mais eficácia. A expectativa é de que número de ocorrências aumente durante o período da pandemia, sobretudo, pelo fato de vítima e agressor passarem a conviver ininterruptamente. 

De acordo com a secretária da Mulher do DF, Ericka Filippelli, ainda não há números concretos que demonstrem o aumento dos casos, mas os dados serão analisados ao fim do mês. “Isso pode ocorrer porque aquela mulher não está inserida em outras atividades e meios. Por isso, pedimos que, se uma pessoa conhece uma mulher em situação de vulnerabilidade, continue mantendo contato com ela. Mande mensagens, faça ligações e estreite o elo. O engajamento social é muito importante neste momento. Não é apenas a própria vítima quem tem de denunciar o crime”, alerta.

Segundo a defensora Rita Lima, coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública do Distrito Federal (Nudem), a possibilidade de crescimento dos casos pode estar associada ainda à tensão e à ansiedade proporcionados pela situação de calamidade pública mundial. “As pessoas estão presas em um ambiente que é muito mais inseguro para a mulher do que para o homem. A instabilidade do momento gera alta possibilidade de brigas e discussões, que podem evoluir para a violência”, afirma.

Onde buscar ajuda

 

» 190 — Polícia Militar

» 197 — Polícia Civil

» Disque 100 — Ministério dos Direitos Humanos

» Delegacias regionais 

Atendimento presencial, 24 horas por dia

» Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)

Endereço: Entrequadra 204/205 Sul

Telefone:  3207-6172

Atendimento ininterrupto 

» Centro de Atendimento à Mulher (Ceam)

De segunda a sexta-feira, das 10h às 16h30

Asa Sul: Estação do Metrô 102 Sul

Telefone: 3323-7264

Ceilândia: QNM 2, Conjunto F, Lote 1/3 – Ceilândia Centro

Telefone: 3373-6668

Planaltina: Jardim Roriz, Área Especial, Entrequadras 1 e 2 – Centro

Telefone: 3389-8189 / 99202-6376

» Programa de Prevenção à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar

Telefones: 3910-1349 / 3910-1350

» Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa da Mulher (Nudem)

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