Correio Braziliense
postado em 08/04/2020 20:16
Quase três anos após a agressão que deixou Naiara Ferreira dos Santos, 28 anos, em estado vegetativo, agentes da 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina) prenderam uma terceira suspeita de envolvimento na tentativa de homicídio. Outros dois adolescentes foram apreendidos em 2017 — ano em que o crime ocorreu. Naiara foi brutalmente espancada com socos e chutes pelo grupo, após sair de uma festa no Setor Arapoanga.
Policiais encontraram a terceira suspeita, uma mulher de 29 anos, nesta segunda-feira (6/4), em Planaltina. “Ela mora no Estado de Goiás, mas acreditamos que estava resolvendo algum problema de família aqui (Planaltina)”, detalhou o delegado-chefe da 16ª DP, Diogo Cavalcante.
Investigações apontam que, no momento em que os dois adolescentes agrediam a vítima, a acusada segurou uma amiga de Naiara (que a acompanhava) para impedir que ela evitasse o espancamento. “Os adolescentes só pararam de golpeá-la porque acreditaram que a jovem estava sem vida”, afirmou o delegado.
Alívio
Em entrevista ao Correio, a irmã de Naiara, Daiane Ferreira, 30, conta que se sente aliviada em saber da prisão da envolvida, mesmo depois de tanto tempo. Segundo ela, a acusada era ex-namorada de um dos adolescentes que espancou Naiara. “Eu achei que ela não seria presa. Agora, só tenho que agradecer a Deus e à Justiça”, contou.
Naiara ficou internada na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Regional de Planaltina (HRP) durante meses e, depois, foi para casa permanecendo em estado vegetativo. “Tive que abrir mão de toda a minha vida para cuidar dela. Ela tinha tudo para vencer na vida, mas teve a juventude interrompida por essa crueldade”, desabafou.
O caso
Naiara foi agredida após sair de uma festa na madrugada de 13 de abril de 2017, no Setor Arapoanga, em Planaltina. De acordo com a Polícia Militar, ela teria sido arrastada por dois adolescentes até um matagal e agredida com socos, chutes e pedradas. Uma terceira pessoa chegou a ser presa como suspeita de ser o mandante, mas nada foi comprovado. Os dois adolescentes, de 16 e 17 anos, foram apreendidos e cumprem três anos de privação de liberdade como medida socioeducativa
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