Cidades

Aplicativos de entretenimento ajudam a minimizar estresse na pandemia

Ferramentas on-line de entretenimento ganham espaço durante o período de isolamento social e ajudam a minimizar o estresse causado pela pandemia

Correio Braziliense
postado em 10/04/2020 06:00
Stephanie Imbroisi tem aproveitado a quarentena para dançar com a filha, Maria FernandaÉ comum durante o período de isolamento social que parte da população se sinta sozinha e entediada. Atividades de lazer praticadas on-line, na segurança do lar, porém, podem ser fortes aliadas para amenizar essas sensações. Desde o início da quarentena, o número de pessoas que baixam jogos virtuais, por exemplo, aumentou substancialmente, segundo dados do Sensor Tower — empresa norte-americana de análise de dados sobre o mercado de aplicativos. Além de games, muitos apps que permitem a interação entre indivíduos por chamadas de vídeo e de gravações registraram crescimento no consumo.

Acostumado a ver os amigos com frequência, o publicitário Gabriel Diniz, de 24 anos, procurou na internet meios de entretenimento on-line. “Já que não posso sentar à mesa de um bar nem ir à casa de ninguém, percebi que precisava de alternativas para manter o contato com outras pessoas. Por isso, comecei a adotar aplicativos de interação on-line. Uso bastante o House Party, que, além de permitir videoconferências, possibilita que eu jogue com meus amigos.”

O aplicativo é uma espécie de rede social que permite bate-papo por vídeo em grupos com o objetivo de recriar o convívio mesmo a distância. No ano passado, quando foi lançado, recebeu a definição de “um app para fazer que o se costumava fazer no quintal de casa”. A ideia era se tornar uma opção para os millenials. O maior acesso ao aplicativo até gerou boatos de que ele roubasse dados — imediatamente negado pelo serviço.

Além do House Party, os aplicativos de jogos Gartic, Stoptops e Perguntados têm feito sucesso entre os usuários, assim como o TikTok, rede social de vídeos curtos e de desafios que se tornou o segundo app mais baixado do Brasil em março, atrás apenas do Zoom, plataforma de reuniões de vídeo on-line, que se tornou a principal opção para home office e de interação entre amigos e familiares e que, recentemente, teve sua segurança questionada.

Boa parte do dia da estudante Paula Abad, de 21 anos, é gasto no TikTok, rede social que surgiu na China. “Eu só saio de casa para descer com o meu cachorro, então tenho me sentido muito só. O TikTok é superdivertido e, além de eu gravar meus próprios vídeos, posso ver o conteúdo gerado por outras pessoas”, comenta Paula. A proposta da plataforma é que os usuários criem pequenas coreografias, com background musical disponibilizado pelo app, e dublem e interpretem diálogos ou canções.Corpo em movimento.

Quem também tem se entretido pela internet é a estudante de administração Stephanie Imbroisi, 23 anos, que aproveita a quarentena para fazer as aulas de Fit dance pelo YouTube. Para ela, exercitar o corpo tem sido uma boa opção para reduzir o sentimento de ansiedade gerado pela pandemia e uma forma de diminuir o sedentarismo. “Eu optei pela dança porque sempre tive dificuldade na constância de exercícios em academia. Como gosto muito de dançar, não vejo como obrigação, mas sim como um prazer”, justifica.

As aulas de dança, inclusive, se tornaram numa forma de se aproximar ainda mais da filha, Maria Fernanda, 3 anos. “Nós dançamos juntas. É superdivertida essa atividade de mãe e filha. Ela sempre tenta imitar as coreografias.”

Outra opção que ganhou espaço no cotidiano dos brasilienses são os desafios do Instagram. Os challenges consistem em o usuário compartilhar, pelos stories, exercícios considerados engraçados e, por vezes, difíceis de reproduzir. Em seguida, a pessoa marca um amigo e o desafia a tentar e a postar na própria conta.

A profissional de educação física Nana Faganello, 25 anos, aderiu ao movimento. Já que o período de quarentena tem sido perturbador, ela faz os desafios diariamente como forma de desopilar. “Participo dos challenges, literalmente, para não pirar. Antes, estava meio depressiva e queria comer até os rebocos da parede. Comecei, então, a escolher todo dia um desafio do Insta de alguém que acho legal.”

Aplicativos de entretenimento

» TikTok

Criado em 2017, o app permite que o usuário crie vídeos com minicoreografias das músicas preferidas. Além disso, é possível gravar a dublagem de diálogos e músicas. Disponível para IOS e Android.House PartyCriada em 2016, a plataforma oferece chats on-line por videoconferência, além de jogos on-line. Disponível para IOS e Android.

» Fit Dance

Canal no YouTube, criado em 2014, que disponibiliza coreografias das músicas mais tocadas no momento. Algumas danças têm o passo a passo e são ensinadas por um professor.

» Stoptops

Simula o jogo de adedonha ou stop. Uma letra é sorteada e o jogador deve preencher uma lista de palavras que comecem com ela, como cidades, nomes de animais, cores, etc. A diferença do jogo no papel é que a plataforma on-line permite que os usuários joguem com amigos ou com pessoas aleatórias.

» Gartic

O aplicativo é uma competição de desenhos jogada por várias pessoas ao mesmo tempo. Por sorteio, o participante da vez desenha o que foi sugerido pelo aplicativo e quem acertar primeiro ganha a partida. Disponível para IOS e Android.
 
* Estagiária sob supervisão de Sibele Negromonte 

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