Cidades

PCDF orienta sobre o registro de crimes de violência doméstica pela web

A vítima pode informar o crime pela Delegacia Eletrônica, que encaminhará o caso para a delegacia da área. Agentes farão contato para saber se a vítima precisa de medidas protetivas

O registro das ocorrências de violência doméstica e familiar no Distrito Federal podem ser realizadas pela internet, desde que a Polícia Civil regulamentou o serviço, na última quinta-feira (8/4). Basta acessar a Delegacia Virtual. Buscando orientar as vítimas sobre como usar o serviço, a delegada Anie Rampon, assessora institucional da corporação, fez um vídeo explicando as nuances da nova forma de comunicação (veja o vídeo na íntegra ao fim da matéria).

A divulgação do informativo foi realizada nesta terça-feira (14). A delegada inicia o comunicado destacando a importância da ampliação do serviço, que anteriormente só era oferecido mediante atendimento presencial nas delegacias. “A PCDF reafirma o compromisso de fazer a sua parte para a proteção de cada mulher, seja ela adulta, criança, adolescente ou idosa, que possa estar sofrendo violência doméstica, principalmente nesse contexto de isolamento social que vivemos atualmente”, afirma. 

“Pensamos nisso e seguindo orientação que tenha incremento das formas de prestação de serviço online, agora, qualquer tipo de ocorrência que envolva violência doméstica pode ser registrada pela delegacia eletrônica. Basta escolher 'outros crimes' e preencher com todos os dados requisitados”, destaca Anie Rampon.

A delegada frisa que a vítima ou a testemunha não precisa saber tipificar qual foi o crime cometido, dentro do contexto de violência doméstica e familiar. “Só precisa contar o que aconteceu, quando, como, e se alguém ouviu ou viu o que aconteceu. Também é importante informar se você está machucada, se precisa de alguma ajuda ou qualquer informação que você entenda que seja relevante”, relata. 

Depois do registro, a Delegacia Eletrônica encaminhará a ocorrência imediatamente para a delegacia da área onde ocorreu o crime. Agentes irão entrar em contato com a vítima pelo telefone ou até mesmo pelo WhatsApp. “Se for necessário, a delegacia irá complementar as informações e verificar se a pessoa precisa de atendimento médico. Também será verificado se essa mulher precisa de auxílio para retornar para o domicílio ou para ir em algum local buscar os seus pertences pessoais. Além disso, também será perguntado se a vítima quer pedir medida protetiva de urgência”, salienta a investigadora.

Medidas protetivas

A delegada Anie Rampon também explica quais os principais tipos de medida protetiva, para que a vítima possa se orientar:  o afastamento do agressor do local de residência com a vítima; proibição de contato por qualquer meio, seja por telefone ou WhatsApp; ou ainda estabelecimento de uma distância mínima para que essas pessoas não tenham contato físico.

“Se as medidas forem deferidas pelo juiz e ocorrer o descumprimento, esse agressor pode ser preso. Caso não seja possível acessar a delegacia eletrônica, ainda é possível fazer a ocorrência pelo telefone, pelo Disk denúncia da Polícia Civil, na opção 3”, acrescenta.

Por fim, a delegada faz um último apelo para as vítimas de violência doméstica e familiar. “Não se sinta só e desprotegida. Não pense que você não tem ajuda. A Polícia Civil continua trabalhando, respeitando as regras de isolamento social e as restrições de contato. É importante que essa informação chegue para o maior número de pessoas possível. A gente nunca sabe quem pode estar sofrendo violência doméstica”, diz Anie Rampon.
 

Serviço

Delegacia Online — https://www.pcdf.df.gov.br/servicos/197/violencia-contra-mulher
Telefones — 197 opção 3 ou 61 98626-1197 (WhatsApp)